Milhares de pessoas lotaram as dependências do Centro de Convenções de Marabá em busca de emissão de documentos pessoais.

Maioria requerendo  Registro Geral, a  conhecida Carteira de Identidade.

Dando um rápido giro pelo espaço ocupado por pessoas “sem nome”, foi possível detectar as dificuldades vividas pelos sem documentos, totalmente desamparados.

E o perfil deles ficou evidente: são aqueles que estão em situações de vulnerabilidade, como os povos indígenas, comunidades quilombolas,  ribeirinhos,  população de rua, trabalhadores rurais e grupos LGBTT, além de pessoas que perderem os documentos e estão até os dias de hoje sem condições de obter segunda via.

O mutirão realizado foi muito importante, porque permitiu de dar voz a quem não tem voz.

E de dar nome a quem não tem nome.

Analisando o surreal público “sem documentos” o blogueiro imaginou as dificuldades do governo lidar com tal situação.

Não há, em lugar nenhum do país, um dado sobre os brasileiros adultos sem documento.

Essa é uma estatística inexistente, e é justamente entre os adultos que o problema é mais difícil de ser combatido.

Sem documentos, uma pessoa não pode votar, fazer o alistamento militar ou receber qualquer benefício, como aposentadoria ou pensão.

Essa a realidade: um país cuja parte significativa de seus filhos não tem documentos.

Sem cidadania.