Primeiro, leiam o texto de André Santos, enviado ao poster por amigo que se debate contra a forma selvagem com que tratam a praia do Tucunaré, em Marabá.
A foto, também, foi enviada pelo colaborador, apontando André como autor da imagem, e jornalista.
COCÔNARÉ: Praia do Tucunaré é afogada pela imundície de banhistas sebosos
Marabá, em cuja área urbana residem 200 mil habitantes, pouco difere de Parauapebas. Lá, a falta de consciência ecológica arrasa o principal e mais movimentado balneário da região sudeste, a Praia do Tucunaré. Conhecida por atrair pessoas até de outros estados, a bela praia, que é vizinha dois quilômetros à frente da Orla do Rio Tocantins (e talvez este tenha sido seu pecado original), torna-se palco de um dos maiores receptáculos da imundície humana nos meses de junho, julho e agosto. É o verão dos sebosos.
O homem – que não se contenta em apenas tomar banho – precisa afogar o santuário com latinhas de cerveja, garrafas pet, papéis, plásticos, embalagens diversas, sacos, paus, comida, xixi e cocô. Não por acaso, a praia recebe o ingrato apelido de “Cocônaré”, título simbólico que deveria representar estado de vergonha àqueles banhistas que, ao passo que defecam no santuário, se lavam com a mesma água que acabaram de sujar.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) denuncia os ataques ambientais que são verificados em Marabá, especialmente contra a Praia do Tucunaré, no documento “Perspectiva para o Meio Ambiente Urbano – Geo Marabá”. De acordo com o Pnuma, a Praia do Tucunaré é pressionada pelo grande contingente de pessoas que chegam a Marabá, notadamente em julho, para rever amigos e parentes, e vão desfrutar do balneário. Porém, isso custa caro ao santuário, que passa a receber elevado volume de efluentes líquidos e resíduos sólidos, agravando o estado do meio ambiente ao causar impactos nos recursos hídricos e na própria saúde da população, que entra em contato com a água do Rio Tocantins.
ESGOTO ‘A RIO ABERTO’
E a problemática não se resume a isso. Do lado de lá da praia, na parte da Velha Marabá, o pouco esgotamento sanitário que há na cidade jorra livre, leve, solto e louco nas águas do maior rio da região. É despejado sem qualquer pudor, no mais claro e ordinário modelo do “toma, que o filho é teu”.
Em Marabá não existe sistema público de saneamento. Para piorar a situação, a opção histórica de fossas negras, em vez de sépticas, acarreta a criação de focos de transmissão de doenças de veiculação hídrica por insetos. Os efluentes – não tratados, assim como as águas servidas – são lançados nas sarjetas, nas galerias de águas pluviais ou em riachos e rios.
Na sede urbana, a rede de galerias de águas pluviais existe para apenas parcela reduzida da área comercial. Contudo, tem como destino certo (e incorreto) os rios Tocantins e Itacaiúnas, o que inevitavelmente os polui. Segundo o Pnuma, o Rio Itacaiúnas, no perímetro urbano de Marabá, está ainda mais poluído que o Tocantins, uma vez que tem porte menor e recebe a pressão de sujeira dos dois maiores núcleos urbanos, a Nova Marabá e a Cidade Nova.
As águas destes rios, por sua vez, poluem o solo durante as enchentes, bem como a imundície invade as casas de quem as produziu e atinge os poços de captação de água. Em Marabá, no inverno, parte da população recebe em domicílio a visita da seboseira que mal descartou no passado. É a vingança da natureza.
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Nota do blog: o grito de André procede.
O poster frequenta muito pouco a praia de Marabá, exatamente pelos motivos denunciados no texto.
Cada dia, a praia tem sua areia coberta pela ação criminosa de banhistas irresponsáveis.
Falta de conscientização, falta de educação, omissão do poder público…
As causas para a sujeira encontrada nas praias no entorno de Marabá (não apenas, Tucunaré) são muitas, mas a consequência é uma só: prejuízo para todos.
Além do lixo flagrado sobre as areias, uma outra parte desse material fotografado vai parar no fundo do rio Tocantins, e a culpa é dos banhistas.
Vê-se latas de lixo na praia… o que custa a pessoa terminar de comer e beber e jogar a latinha e o pratinho na lata?
A culpa é principalmente das pessoas.
O poster, diversas vezes, já flagrou pais deixando as crianças irem pra o rio com garrafinha de água, brincando com lata de refrigerante nas águas do Tocantins. Na hora de ir embora, eles são incapazes de pegar das crianças e jogar na cesta do lixo.
Ao contrário, às vezes, os próprios pais tomam das crianças e jogam na água.
Copos, sacos e garrafas de plástico, embalagem de picolé, recipiente de protetor solar,sandálias, bandanas, camisinha e muitas latinhas de bebida.
Quem frequenta a praia vive a desagradável experiência de sentir-se em pleno lixão.
Além de danoso ao meio ambiente, o lixo na areia e no rio é perigoso aos frequentadores.
Ato comum nas areias da Tucunaré, a venda de queijo e churrasco em palitos tem causado danos físicos a quem vai à praia. O material é descartado na areia por onde adultos e crianças passam todos dias.
“Outro dia eu fui a Tucunaré e quando fui me ajeitar na cadeira, quando empurrei a areia senti uma dor no pé. Fui ver e tinha me furado com um desses palitos de queijo. É um perigo, principalmente pra as crianças que ficam aí correndo e brincando”, indigna-se o amigo, em seu emeio.
E acrescenta: -” a falta de educação é do povo, mas a culpa é do governo, que não incentiva os bons modos. Não basta apenas campanha de conscientização porque isso é uma coisa que deve começar desde cedo. O ensino dessas atitudes cidadãs, como não jogar lixo no chão, tem que ser iniciado na escola”.
apinajé
29 de agosto de 2013 - 10:58A pior degradação, é a moral.
é fácil encontrarmos quem busque seus direitos.raramente encontramos quem cumpra seus deveres.
a sociedade que não cultiva o bem comum,jamais encontrará o caminho da civilidade.
lamentável o rumo que as coisas estão tomando.
um abraço.
João Dias
29 de agosto de 2013 - 10:04TEM QUE DOER NO BOLSO. LEGISLAR É O LIMITE.
Lixo Zero multa 467 na 1ª semana e reduz resíduos em 34% no Rio
A Prefeitura do Rio apresentou o balanço da primeira semana do programa Lixo Zero, que começou na terça-feira (20/08/13) no Centro, com multas a quem joga lixo na rua. A quantidade de resíduos recolhidos no chão da região caiu 34% após sete dias a operação.
Segundo a prefeitura, 467 pessoas foram multadas; a maioria no valor de R$ 157, infração imposta a quem joga objetos de menor porte no chão.
Caro Domicio Jorge Brasil, situação pior vivo eu que morro de amores e saudades por MARABÁ. A natureza, praias e rios do meu tempo eram outros.
Por várias vêzes, já mudei meu itinerário nas férias, em razão da realidade dos fatos divulgados mostrados e lamentáveis no Blog do HB.
Temos a convicção de quem muda a cidade e os costumes somos nós. Povo limpo é povo desenvolvido!
Um forte abraço conterrâneo.
sds. marabaenses
Domicio Jorge Brasil Soares
28 de agosto de 2013 - 18:54Conterrâneo João Dias a “coisa” in loco é pior do que parece. Há mais de 8(oito anos) anos não vou à praia. Por motivos óbvios. Alguem já disse : Cidade limpa não é aquela que mais se limpa, e sim a que menos se suja. A educação começa, ou deve, começar em casa. A praia, hoje, tem um apelido de “cocônaré”. Em post anterior, comentei, que determinada senhora de Marabá, esposa de famoso alfaiate da Pioneira, esteve na França(París) e ficou chocada com a forma de agir dos franceses. Lá não se joga lixo na rua, não se corrompe o agente de trânsito, não se fura fila(bancos) quando acontece, Se trata bem e dá preferencia aos idosos, afora outras coisas. Pelo visto, em relação ao nosso país descoberto em 1.500, levaremos no mínimo, mais 500 anos para alcançar a conscientização e educação para não sujar as praias, bem como outros ambientes públicos. Sds. marabaenses. Em 28.08.13, Marabá-PA.
Marcos
28 de agosto de 2013 - 10:48Apenas complementando a matéria: “A Educação começa na família, em casa”, a escola dar continuidade e sociedade fiscaliza.
Descontente
27 de agosto de 2013 - 07:46O Título deveria ser assim: BANHISTAS CHAFURDAM NAS AREIAS DA PRAIA TUCUNARÉ..
Infelizmente, mudança de cultura leva até 50 anos para acontecer.
O poder público deveria criar um mecanismo de identificação do banhista ao ingressar na praia. No dia seguinte entregaria em seu domicílio a sua cota de lixo, incluindo alguns kg de fezes.
Fica aí a sugestão para toda a região.
Jackeline
26 de agosto de 2013 - 13:30parabéns pela matéria.
O que falta é EDUCAÇÃO,
nota-se total desrespeito com nosso bem maior.,
Bruno
26 de agosto de 2013 - 13:20Essa foto é antiga, hoje todas cadeiras e mesas são de plásticos
Bruno, a fonte responsável pelo envio da foto e do texto, informa que retirou o conteúdo do perfil de André Santos do Face, conforme link enviado: https://www.facebook.com/andre.santos.7731247?fref=ts
João Dias
26 de agosto de 2013 - 13:01LIXO ZERO: lixeira falante dá bronca em sujões e elogia quem mantém o Rio limpo
Os cariocas que insistirem em jogar lixo no chão, além de correrem o risco de levar uma multa, poderão tomar uma bronca vinda de uma lixeira falante.
Para conscientizar a população sobre a importância de manter a cidade limpa, o movimento “Rio Eu amo Eu cuido” criou a Laranjinha, capaz de brigar com os sujões, mas também elogiar quem descarta o lixo corretamente, tudo com muito bom humor.
Pessoas que passaram pelo Parque Madureira, no domingo, e pela Praça Saens Peña, na Tijuca, no sábado, tiveram a chance de interagir com a lixeira.
Sugestão – Bem que a minha rica e populosa MARABÁ poderia fazer a campanha: “MARABÁ EU AMO, EU CUIDO”.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/lixo-zero-lixeira-falante-da-bronca-em-sujoes-elogia-quem-mantem-rio-limpo-9698039.html#ixzz2d5ilQCMl
Leonardo Soares
26 de agosto de 2013 - 11:48Concordo plenamente com os comentários do João Dias! O que falta é EDUCAÇÃO, é lamentável que o povo em sua maioria não tem essa conscientização. A prefeitura tem por obrigação implantar campanhas que oriente esses indigentes a mudarem seus hábitos de gentalhas.
apinajé
26 de agosto de 2013 - 11:30Bom dia amigos.
parabéns pela matéria.
nota-se total desrespeito com nosso bem maior.a mais ou menos vinte anos retornando a Marabá,fui motivo de “chacota”pelo simples ato de levar sacola e trazer o lixo que produzia e muitas vezes o que outros produziam na praia..chamavam-me de “Green peace”.o que vejo nessa matéria é desolador, nosso rio agonizando.
concordo com quase tudo da matéria,mas não posso concordar quando o poster diz que atitude cidadã começa na escola…essas atitudes e a boa educação,já diziam nossos avós… vem de casa.escola dar formação, isso é outra coisa.
um abraço
João Dias
26 de agosto de 2013 - 10:11LIXO ZERO NAS RUAS, PRAIAS OU RIOS – O LIMITE É LEGISLAR
Rio passa a multar quem joga lixo na rua a partir desta terça, 20 de agosto de 2013.
A multa é impressa na hora. Para resíduos pequenos, com tamanho igual ou menor ao de uma lata de alumínio, a multa é de R$ 157.
A multa é impressa na hora. Para resíduos pequenos, com tamanho igual ou menor ao de uma lata de alumínio, a multa é de R$ 157. Para o que for maior do que isso, mas com tamanho até 1 metro cúbico, o valor sobe para R$ 392; acima disso, as multa podem chegar até R$ 3 mil, se for uma grande quantidade de entulho, por exemplo.
Nas contas do município, o que parece pequeno se agiganta no orçamento da cidade. Apenas no ano passado, R$ 600 milhões foram gastos para retirar o lixo acumulado em lugares inadequados – uma quantidade de sujeira suficiente para encher até o topo três estádios do Maracanã.
“Acho que não é desculpa para jogar lixo no chão. Então, o que a gente quer é mudar essa relação do cidadão com o lixo”, aponta Vinícius Roriz, Companhia Municipal de Limpeza Urbana – COMLURB.
“Você vai pros Estados Unidos, tudo limpinho. Vai na Alemanha, tudo limpinho, Por que não fazemos a mesma coisa? Tão bonito tudo limpinho”, comenta uma senhora.
“POVO DESENVOLVIDO É POVO LIMPO.”
JN – Edição do dia 20/08/2013
Atualizado em 20/08/2013 21h17