Respondendo a um dos leitores de seu blog, o deputado federal Vic Pires Franco (DEM) disse que a pré-candidatura ao governo do ex-prefeito de Marabá, Sebastião Miranda (PTB),  “não vai decolar, é um balão de ensaio”.

O blogger quis saber também de um outro político paroara, bem articulado com a maioria das correntes partidárias do Estado, se ele pensava o mesmo do deputado comandante do DEM  paraense.

“Na política, também, você pode fazer de um limão, uma limonada”, respondeu, enigmático, para explicar em seguida que tudo vai depender de como Sebastião Miranda se comportará a partir de agora: emprestando o nome dele para os líderes do PTB e PR – Duciomar Costa e Anivaldo Vale -, fazerem jogo de pressão buscando boa margem de negociação em futuro próximo; ou, partindo para viabilizar-se como verdadeiro candidato ao governo.

Como viabilizar-se?

Colocando o pé na estrada para conversar com os representantes dos partidos, propondo alianças, etc.

E é bem aí que reside o X da questão.

Sebastiao Miranda é avesso a esse jogo de muita conversa. Tem demonstrado, ao longo de mais de vinte anos como político de Marabá, detestar fazer sala ou visitar algum correligionário ou aliado em potencial. 

Se quiserem deixá-lo amuado é só propor marcar reuniões para discutir isso ou aquilo no jogo jogado da política.

Agora, para colocar a mão na massa, e tocar obras – é com ele mesmo.

Para transformar o limão em limonada, Tião Miranda precisa conversar com os partidos – preferencialmente aqueles propensos a apostar numa terceira via, se é que eles existem.

Dar uma esticada até Redenção, onde num fim de semana pode conversar com o deputado Giovanni Queiuroz, do PDT, apenas como exemplo, para o espírito acomodado de Sebastião Miranda, isso aí é como uma via crucis.

Só vai empurrado. Ou puxado por insistência de terceiros.