Com o título “Imperativo categórico”, Fábio de Castro, ex-secretário de Comunicação do Governo do Pará, reabriu seu blog que se encontrava em hibernação desde o dia em que ele assumiu o cargo, dois anos atrás. O post é um toque de civilidade e correção de uma pessoa finíssima.

Não se espere que se venha a falar, indiscretamente, sobre o governo do qual participei e participo. Em primeiro lugar porque a confiança que se nos é depositada, em qualquer situação da vida, mais ingrata ou menos ingrata, exige a retribuição da discrição – até que possa se tornar – por si mesmo, bem entendido – história. Em segundo lugar, porque minha fé no coletivo é profunda, e ela postula que a condição de ser ou ter sido secretário de estado só se torna relevante diante dos projetos comuns e coletivos. Para mim, essas coisas são “imperativos categóricos” – no sentido kantiano do termo. Ou seja, coisas impossíveis de serem questionadas, coisas que nem mesmo à razão se submetem.
Não obstante, precisarei falar aqui de comunicação, e para isto conto usar e duvidar da experiência que referi acima. Trata-se de uma fé didática. Precisamos ensinar a sociedade a se defender de sua mídia. E precisamos aprender com ela a nos defendermos de nossa mídia – da que nos envolve e da que produzimos.