Levantamento realizado por técnicos contratados pela Associação dos Municípios Mineradores do Pará, recém criada e já trabalhando a todo vapor, mostra que a Companhia Vale do Rio Doce é detentora de 92% das Portarias de Lavras em áreas do Sul do Pará, sendo que muitas dessas autorizações de pesquisa e lavra dos recursos minerais em diversos lugares catalogados, nem sequer foram alvos do interesse direto da mineradora.
Com a expansão da atividade guseira em Marabá, o uso do minério granulado, como matéria-prima principal para a usinagem do ferro gusa, tornou-se, de uma hora para outra, mercadoria valiosa e ameaçada de faltar no mercado por causa do monopólio exercido pela Vale. A companhia anunciou que não tem mais disponibilidade do produto para as novas guseiras e, aos seus clientes antigos do distrito industrial, retração de oferta paulatina do material.