A saída para o setor de gusa é investir na produção própria de minério granulado, como já está fazendo com competência a Sidenorte, ao adquirir uma interessante área com reserva do produto, em Floresta do Araguaia.
Dona de quase todas as portarias de pesquisa e lavra de recursos minerais para a região, a Vale do Rio Doce controla, da forma que bem lhe interessa, o volume da produção de gusa em Marabá. Se ela tirar a mão de uma usina local, os altos fornos param. Isso sem contar na área de logística, setor essencial para a exportação, com a utilização da estrutura da Estrada de Ferro Carajás.
Nos últimos dois anos, a mineradora impôs reajustes aos custos do frete cobrado de Marabá até o Porto de Itaqui acima de valores normais de mercado. Reajustou também o preço do próprio minério granulado. No período, esses reajustes em logística e matéria-prima foram superiores a 85%.