A Franssinete diz que a “Celpa vem abusando da paciência do consumidor e as queixas se avolumam”, com registro, em todos os bairros de Belém, de “constante interrupção no fornecimento de energia, sem aviso prévio”.

O apaga-acende não é privilégio dos citadinos da capital. No interior, a empresa não apenas anda deixando a população às escuras como, quase sempre, demora a restabelecer os serviços e a recuperar as panes estabelecidas em transformadores velhos e sobrecarregados.

No frigir do picadinho, a verdade é que a Celpa está sem dinheiro. Tenta, há meses, fechar negociações de capitalização com a Eletrobrás, mas esbarra na divisão societária na qual ela quer ter 51%. A reestatização da empresa esteve por um fio.

Ultimamente, através de negociações comandadas pelo próprio governo federal, tenta-se uma engenharia de venda de cotas da Celpa para um outro grupo privado concorrente.

A condição, digamos assim, prefalimentar da companhia de energia, é apontada como a principal responsável pelo não cumprimento dos prazos estabelecidos pelo governo Lula para a implantação, em todo o Pará, do programa Energia Para Todos. Em Brasília, há setores indignados com o atraso do programa que é uma das meninas dos olhos do presidente da República.