Dois talentosos jornalistas, o Brasil acaba de perder.
Na segunda-feira, Jurivê de Macedo, maranhense de Porto Franco, faleceu em Imperatriz.

Um grande amigo. Mestre do jornalismo.

Com Jurivê, aprendi a desferir a pegada necessária no campo aberto da denúncia, sem esconder a face nem temor de assumir seus riscos.

24 horas depois, Lucio Flávio Pinto envia email ao pôster comunicando a morte de Walter Rodrigues, paraense “naturalizado” maranhense por amor à terra de Gonçalves Dias e ao dedicado trabalho ali desenvolvido em favor dos direitos humanos.

Jurivê de Macedo e Walter tinham em comum a paixão pelas liberdades, principalmente de imprensa.

Durante o regime militar, Jurivê sofreu marcação cerrada dos agentes da ditadura dos quais sabia desviar-se usando o humor e a determinação para não deixar seus leitores desinformados.

Fundador do jornal O Progresso, em Imperatriz, certamente um dos mais antigos jornais do interior do país em circulação, “Juredo”, como eu gostava de chamá-lo, deixa um legado de boas lembranças. Lembrança construída com a paixão pelo Jornalismo e a dedicação às letras.

Foi ele quem estimulou uma geração à criação da Academia de Letras de Imperatriz.

Às vezes polêmico, outras controvertido, Walter Rodrigues era uma referência do jornalismo político no Maranhão, ao longo de vários anos.

Nascido em Belém. trabalhou em São Luís, em diversos periódicos, entre os quais O Estado do Maranhão, O Imparcial, Jornal Pequeno e O Debate.

Atualmente, fez de seu ‘Blogue do Colunão’ a trincheira investigativa que assustava poderosos de plantão.

O significado da perda de Walter Rodrigues pode ser resumido numa expressão do jornalista Lucio Flávio, ao comunicar aos amigos seu falecimento:

– Walter Rodrigues foi um dos maiores patrimônios intelectuais que o Pará cedeu ao Maranhão nos últimos anos. Sua morte tão prematura deixará um vazio nos dois Estados, aos quais serviu com seu jornalismo independente, seu texto saboroso e seu humor inesgotável. Tornou-se uma fonte de referência indispensável sobre a história contemporânea do Maranhão. Foi uma honra, para mim, ter trabalhado com ele no nosso semanário alternativo de 1975, o Bandeira 3, e tê-lo colocado como correspondente de O Estado de S. Paulo em São Luís. E foi um privilégio ler seus artigos sobre esse vasto e desafiador mundo. A dor de perdê-lo é muito grande. Espero que os gonçalvinos lhe dêem a despedida de que ele é merecedor, no próprio nome e também em nome dos paraenses.

Bolsa Família não vicia
Uma pesquisa de órgão vinculado ao PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) conclui que o Bolsa Família de Lula não causa “dependência”, ou seja, não transforma seus beneficiários em preguiçosos ou pessoas sem iniciativa ou impulso para o progresso.

Um dia antes de falecer, ironia da louca vida, Walter fez bela homenagem a Jurivê de Macedo, comunicando a morte do jornalista maranhense.

Leia aqui.
O último post de Walter, publicado em seu blog: