A Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos da  Polícia Civil aprofundou as investigações para apurar o caso de uma universitária da UFPA, do curso de Biologia,  que supostamente teria feito declarações racistas em um site, também supostamente de sua autoria.
Trata-se da estudante  Daniela Feliz Barbosa Guerreira, que assinaria o blog “Natureza Feminina”, criado em abril deste ano, contendo  publicações racistas e  declarações ultraconservadoras.
Na descrição de seu perfil no blog,  Daniela se diz  “defensora do patriarcado, da supremacia da raça branca e combatente da degeneração social”.
A polícia já ouviu a garota, que nega ser autora do sítio na Internet.
A seguir,  trechos de um dos posts publicados no blog:
“Tem me incomodado muito o tipo de gente que vejo quando desço do ônibus e entro no campus da UFPA. Como meus pais e avôs diziam, antes a elite branca, gente bem-apessoada, de boa condição socio-econômica e educação refinada, habitavam a Universidade Federal e tornavam-a um oásis de prozas ricas e produção científica. No entanto, o que hoje eu vejo são apenas negros e mestiços, que entram por COTA; ou seja, mesmo com baixo rendimento acadêmico, seja no ENEM ou em qualquer outro Processo Seletivo, estes cotistas, negros pobres, conseguem entrar na UFPA, por completo desmérito, com aquele velho pretexto da “dívida histórica” que a comunidade afrodescendente tanto clama.Não só as cores em si incomodam, mas o comportamento dos mesmos. Não conseguem viver sem se portar como seus ancestrais macacos; ficam tirando selfies, interrompendo a aula, formando grupos para gazetar aulas e deixar os professores a sós na sala, forçam saída mais cedo, usam a UFPA como point para dar “rolézinhos” e fumar maconha, que, por sinal, é descaradamente vendida por lá. A UFPA de hoje se tornou uma boca de fumo e senzala gigantesca para abrigar toda pária social.

Restaurante Universitário com preço acessível para os pobres, o “Vadião”, o super-pop da UFPA, tudo isso atrai o pior tipo de indigente. Hoje a elite se concentra nas faculdades particulares mais renomadas e de alta mensalidade; isto é uma opção das famílias abastadas, pois não querem que seus descendentes se misturem com os traficantes-símios da UFPA. É realmente muito triste ter de pagar uma particular para se poder ter ensino de qualidade e um ambiente favorável aos estudos, porém, não há escolha, pois a UFPA, além de ser um antro de professores concursados estáveis que vivem grevando, é uma bagunça em termos organizacionais: chegam a ministrar três semestres de conteúdo em um ano, devido às contates recessões – essas que, por sinal, os alunos adoram.

Tudo isto me indigna, pois não se vê mais produção científica e a tal elite branca, que migrou para as particulares. O que se vê são mestiços poluindo o ambiente, professores descompromissados e relapsos, e uma forte tendência à implantação forçada de ideologias de esquerda – doutrinadas pelas grades curriculares do MEC.

Hoje, a UFPA não produz nada além da pária social e acadêmica: esquerdistas que tiraram o diploma empurrando o seu curso na barriga (principalmente os de humanas, onde há o tipo de aluno mais repulsivo que se pode imaginar), o que oferece ao mercado de trabalho péssimos profissionais que não se diferem muito em termos cognitivos de auxiliares de limpeza, trabalho laboral que, cá entre nós, qualquer um pode executar.

No curso de Biologia, infelizmente, não posso dizer que é diferente. Os macacos cotistas com os seus privilégios da “dívida histórica” estão lá, flauteando, gazetando aulas, ocupando o campus por “questões políticas” (leia-se, qualquer cenário desfavorável aos partidos de esquerda, como PT, PSOL, PCdoB, Rede e outros partidos de homossexuais enrustidos), torcendo para novos recessos e pedindo cancelamento de aulas sob subterfúgios vergonhosos – chegaram a pedir na minha turma a suspensão das aulas por motivos de uma suposta guerra nuclear que viria a ocorrer entre Estados Unidos e Coréia do Norte!”

 

O mais chocante no caso é um suposto e-mail enviado pela estudante ao Instituto de Biologia da UFPA, dizendo:

“Estou mandando esse e-mail para que os coordenadores da UFPA saibam que se continuarem admitindo negros através de processo seletivo, cotas e outros assistencialismos de m*** do gênero, serei obrigada a ameaçar os coordenadores da universidades. A vontade que eu tenho é de ir pra aula com uma 9mm e fazer um MASSACRE com todos os pretos sujos, cotistas e esquerdistas. O lugar deles é no cemitério. E se vocês coadunam com esses símios, o destino de vocês deve ser o mesmo: o necrotério com uma azeitona de chumbo na cabeça” 

 

Um dos textos mais compartilhados do blog, questiona as cotas raciais na Ufpa:

“(…) o que hoje eu vejo são apenas negros e mestiços, que entram por COTA; ou seja, mesmo com baixo rendimento acadêmico, seja no ENEM ou em qualquer outro Processo Seletivo, estes cotistas, negros pobres, conseguem entrar na UFPA, por completo desmérito, com aquele velho pretexto da “dívida histórica” que a comunidade afrodescendente tanto clama“, diz um trecho da publicação de 5 de junho deste ano.

Declarações racistas, entretanto, não são o único tipo de opressão compartilhada no blog.

Em outro post, a supremacia masculina é reforçada:
Uma mulher que não é fiável, não há mais sentido ou propósito de família. Postulado isto, mulheres vagais e hedonistas não merecem viver, e é um erro deixá-las viver em uma sociedade, pois elas conduzem a mesma sociedade à degeneração. Uma mulher do Mundo, não serve nem presta, nenhum homem que tenha amor-próprio quererá. Um homem de bem não se relaciona com uma mulher que não se valoriza”.
De acordo com o professor Dr. José Ricardo Vieira, diretor geral do ICB, a aluna nega a autoria das declarações.
“Já temos um posicionamento da própria aluna, porque já conversamos com ela. A estudante não admite que escreveu os textos”.
As denúncias já foram encaminhadas à Polícia Federal.

Na madrugada desta terça-feira (19), a estudante Daniela Guerreiro usou seu perfil no Facebook para desmentir as acusações de racismo quem vem sofrendo:

 

Eu não sou autora desses blogs e e-mail e muito menos concordo com as besteiras ditas nesses. Fiquei muito chateada porque vão totalmente de encontro com meus ideais e particularmente por denegrir a imagem de meus amigos e colegas do curso de Biologia que muito admiro e tenho carinho“, disse em um trecho da publicação.

O perfil do FB da estudante, AQUI.

 

Para acessar o  site da suposta universitária, AQUI.