Gilberto Leite, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, em suas preocupações com o desenvolvimento econômico, esboça o sonho de transformar alguns municípios do Sudeste em produtores de manga. Estudioso das demandas regionais, o executivo do Grupo Revemar considera perfeitamente possível inserir a produção de manga na agricultura sustentável com certificado de qualidade. “O desenvolvimento sustentável de uma região agrícola requer a seleção de sistemas de produção que atentem para condições ambientais diversificadas, e conseqüentemente, a escolha de tecnologias adequadas a cada um desses sistemas nesses ambientes. Devem, assim, contemplar características que propiciem a estabilidade ecológica , econômica e social”, diz.

Mercado externo
Com o gradativo incremento na demanda por sustentabilidade da agricultura, fomentado pelos movimentos ambientalistas pela preservação dos recursos naturais, pela demanda de produção de produtos saudáveis e “ambientalmente corretos”, esclarece Gilberto que o mercado internacional da indústria de sucos está cada vez mais ávido por consumir frutas de boa qualidade. Na visão dele, a zona a ser estudada para o projeto de produção integrada de manga poderia ocupar uma área ao redor de 3 mil hectares ( o Vale do São Francisco engloba apenas 1,5 mil ) com pequenos e médios produtores treinados para exportar manga ‘in natura’. “A região como um todo, tem tudo para ter um acelerado crescimento de produção agroindustrial irrigada”, sustenta.
A logística de apoio à exportação, como ocorre em Petrolina, no estado de Pernambuco, seria o aeroporto de Marabá, com investimentos em sua ampliação.
De olho nesse nicho, Gilberto Leite pretende trocar figurinhas com técnicos do governo Ana Julia.