Assessoria de Comunicação da Norte Energia envia nota abaixo, com pedido de publicação:

 

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A Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, alerta a imprensa para a tentativa que vem sendo feita de divulgação de um estudo antigo – repercutido meses atrás pelos jornais de abrangência nacional e regional – que trata da suposta diferença de cálculo para medição da quantidade de famílias impactadas pelas obras de Belo Monte em Altamira.

Sem apresentar qualquer novidade, com um estudo requentado, estão tentando pegar carona nas discussões da Rio+20. Abaixo, segue matéria publicada pelo Blog Belo Monte em 14 de março desde ano que trata sobre o assunto e apresenta a posição oficial da Norte Energia sobre o tema, já devidamente esclarecido nas esferas competentes.

 

 

Norte Energia ratifica que não há erro de projeção em relação à área alagada em Altamira


14 março 2012
 
 
 

A Norte Energia S. A. informa que já se manifestou anteriormente sobre o estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) no site do Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA), quando de sua divulgação, pela primeira vez, em outubro de 2011.

Em 19 de outubro do ano passado, o MPF-PA promoveu na Casa da Cultura, em Altamira, uma audiência pública para apresentar o estudo da UFPA, segundo o qual a cota de alagamento estaria deslocada 87 centímetros abaixo do que a Norte Energia havia apresentado em estudos ambientais da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Naquela ocasião, a empresa ressaltou que a população de Altamira poderia conferir, no muro da orla do cais, a cota normal do futuro reservatório da UHE Belo Monte, identificada pela Norte Energia, de 97 metros. A água desse reservatório vai estar na maior parte do tempo nessa cota, o que corresponde às cheias normais do rio.

A Norte Energia ratifica que a diferença entre os estudos da UFPA e o levantamento utilizado pela empresa para definir as ações socioambientais para a região ocorre porque os dados da Universidade foram obtidos a partir de um marco do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) localizado no 51º Batalhão de Infantaria de Selva. Este marco, porém, é usado para levantamentos topográficos de localização de planos, e não tem precisão requerida para levantamentos de cota-altitude, como requerem os estudos de alagamento. O marco utilizado nos estudos ambientais, localizado em frente à Catedral de Altamira, é o que possui características técnicas que permitem o levantamento de altitudes.

Na audiência, o procurador do Ministério Público Federal,Cláudio Terre do Amaral, informou que o estudo da UFPA usou como referência um ponto, também homologado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, os engenheiros da Norte Energia, presentes ao evento, puderam esclarecer que tal marco não serve como base para considerar a altitude, uma vez que não tem a precisão necessária para isso.

Ambos os marcos são homologados pelo IBGE, mas têm utilização de precisão e de finalidades distintas. No caso, o estudo da UFPA utilizou um marco que não se presta aos trabalhos de precisão de cota-altitude e, por isso, chegaram a conclusões errôneas. Outra inconsistência ocorreu ao afirmar que, mesmo tendo uma diferença a menor de cota, haveria maior superfície alagada e, portanto, maior número de famílias afetadas.

A Norte Energia ratifica que demarcou, ao longo das áreas abrangidas pelos igarapés Altamira, Ambé e Panelas, a posição da cota 100 metros, que engloba a área alagada e mais a Área de Preservação Permanente (APP). As famílias presentes nessa área estão sendo cadastradas para o procedimento de relocação e as relações e entrevistas com estas famílias ocorre tranquilamente.

A Norte Energia desconhece as razões que tenham levado o Ministério Público a divulgar nesta terça-feira (13) em seu site o estudo da UFPA como se fosse algo novo, sendo que a empresa já explicou na referida audiência pública promovida pelo órgão federal, em outubro passado, as razões técnicas para a diferença de parâmetros.