Reproduzido do blog da minha querida Franssinete Florezano:

diálogo cabo eleitoral

O jornal Diário do Pará, em matéria de página inteira, com destaque na capa, hoje, trata da ação de investigação eleitoral movida pela coligação “Todos pelo Pará”, liderada por Helder Barbalho e Lira Maia, pedindo a cassação do registro e do diploma do governador reeleito, Simão Jatene, por abuso de poder político e compra de voto. Até aí nada de mais, em um jornal de oposição declarada. O surpreendente é que, a título de prova do crime, uma das transcrições de diálogo de cabo eleitoral gravado em vídeo, publicada em destaque, acaba servindo para inocentar Jatene.  Confiram:

 

“08:59 – JODILMA: (incompreensível)…tanta raiva desse Governador nosso, fuleira, que ele tá sendo atacado, ele não tá reagindo, não bota gente na rua, manda (incompreensível)…ontem eu falei com ele, eu tava… ontem, eu não sei se tinha uma reunião lá no Monte Líbano…aí o pessoal me ligando, me ligando, Jô, tu não vem pra cá? Vem pra cá? Não sei o que… Ah, não vou não…fazia mais de três meses que eu não ia nem no salão. Peguei, fui só (incompreensível)… dar uma hidrataçãozinha aqui, fazer a raiz do meu cabelo. Mana eu to no salão, não sei a hora que eu vou sair daqui, daqui do salão. Aí a minha amiga, que acabou de me ligar agora, me ligou e disse, fala aqui com uma pessoa que quer falar contigo…era ele.  “Minha filha, minha filha, não me abandone.  Bora em frente que nós vamos vencer”.  Como, Governador? Me diga, pelo amor de Deus? Do jeito que o senhor está fazendo?  “Minha filha eu não posso roubar o dinheiro do povo”. É isso que ele diz.  Ele diz assim,  se ele fosse tirar o dinheiro do Estado para gastar  em campanha, e depois?  Eu disse, Governador,  esse dinheiro que o senhor tirar para gastar na campanha, o senhor vai poder pegar de volta, recuperar de volta. Pior vai ser se o senhor perder e o Helder Barbalho destruir  todo o nosso Estado. Ele, “então, minha filha eu estou muito preocupado com isso”. Mas o Jatene, ele é muito ético. (…)” (sic)

 

Ato falho? Cartas para a redação.