Já foi anunciada a primeira desistência de pré-candidatura ao governo do Pará.

O senador Mário Couto comunicou à direção nacional do PSDB a retirada de sua pretensão de disputar a sucessão de Ana Júlia, num gesto, segundo ele, de busca da  unidade partidária.

Durante a reunião de ontem no gabinete do senador Tasso Jereissati, em Brasília, diante de Ségio Guerra, presidente nacional da legenda, e do senador Flexa Ribeiro, os dois pré-candidatos restantes, Almir Gabriel e Simão Jatene, não chegaram a um consenso.

Mas Almir Gabriel, consciente de que a executiva nacional tucana, cuisadosamente para não lhe ferir suscetibilidade, simpatiza pela escolha de Jatene, de cara fechada todo tempo, impôs seu nome e sugeriu Jatene na chapa, como vice.

O último governador tucano do Pará foi claro ao declarar que a intenção de candidatar-se ao governo é resultado do apelo da militância do PSDB no Estado e de políticos com mandato, razão pela qual ele não busca cargos.  Com isso, foi dado um não à proposta de Almir.

Depois de duas horas de reunião, Almir Gabriel, do jeito caporreiro que todo mundo conhece, retirou-se do gabinete de Jereissati – deixando a impressão de aborrecimento e fadiga.

Os dois dirigentes nacionais do PSDB sugeriram alguns encontros por todo o dia de hoje com os protagonistas da disputa, visando fechar um acordo, mas o  seguro mesmo é de que a decisão sobre a escolha do candidato oficial tucano à disputa estadual ainda vai demorar dias.

Em verdade, se depender da Executiva nacional peessedebista, o nome de Simão Jatene já teria sido anunciado. A preocupação é em não melindar Almir Gabriel e tê-lo como aliado forte envolvido na disputa.