Quem mora nos municípios próximos a Itupiranga sabe que a família Milési sempre foi péssima administradora dos bens públicos da localidade.

Em seu primeiro mandato como prefeito, José Milési não deixou saudades.

De herança mesmo, só muita dívida.

Depois foi a vez da esposa dele, Joana Milési, que também assumiu a prefeitura, numa tentativa de manter o espólio eleitoral da família.

Joana também foi um desastre, considerada uma das piores gestões da história do município.

Anos depois,  a comunidade  decidiu testar novamente a inabilidade política e a incompetência administrativa do nome.

José Milési voltou a ser eleito prefeito, em 2016.

Passado um ano e meio de gestão, o que o chefe do executivo tem cultivado é o desgaste e  a insatisfação da população, diante do desastre que é seu governo.

Rega também, o prefeito, uma Ação Civil pública, por ato de improbidade administrativa relacionada à fraude em licitação que resultou na contratação pela prefeitura da empresa Consulte Soluções, Consultoria e Assessoria Ltda.-ME, também denunciada, causando  prejuízo aos cofres públicos  de R$480 mil.

A saga da família Milési à frente da administração de Itupiranga agora é coroada, também, com denúncias de assédio moral e ameaças de demissão  em massa de servidores, caso  o município não dê uma votação  vitoriosa ao candidato do MDB ao governo, Helder Barbalho, dia 7 de outubro.

Na manhã desta sexta-feira, 31, o blogueiro recebeu mensagens de pessoas conhecidas, residentes e funcionárias da prefeitura de Itupiranga, dando conta de que, semana passada, numa reunião na residência do casal José/Joana Milési, a primeira-dama teria feito a seguinte declaração, em tom de ameaça, a dezenas de servidores ali convocados.

– “Eu não sou o Zé (Milési, esposo). Eu sou diferente e vou cobrar: se dia 7 de outubro o Helder não tiver uma eleição consagradora aqui em Itupiranga, vou demitir muita gente”.

Ela, Joana, vai demitir, “terceirizando”, certamente, os atos administrativos que são de exclusiva responsabilidade  do marido ou do vice, legalmente constituídos pelo voto direto para gerenciar o município.

Narram as mensagens enviadas por redes sociais que o ambiente ficou “insuportável”, depois das ameaças de Joana.

Uma outra pessoa, também conhecida do blogueiro, foi além:

 

– “Aqui estamos vivendo momento de terror, porque a mulher do prefeito colocou espiões para ouvir conversas e saber quem vai votar ou não no seu candidato”, diz.

É isso.

O voto de cabresto sendo cobrado diretamente da fonte, sem meio-termos.

Cenário que lembra os coronéis dos anos 50/60, como se o eleitor, em plena era de tecnologia digital,  fosse bovino,  que a gente “tange, engorda e mata”.