DNIT anuncia o inicio da recuperação do asfalto da Transamazônica, entre o rio Araguaia e Marabá.

O trecho esburacado não chega a 120 km.

Questionado se desta vez haverá qualidade nos serviços de recapeamento na área mais crítica da BR-230, onde a erosão domina com intensidade pontos de 12 km do trecho urbano da cidade, o supervisor do órgão federal, Dílson Gouveia, sem pestanejar, responde que não.

De novo, não! E explica, ao modo dele:

– “Apenas um paliativo (será feito na restauração), porque se trata de trecho de solo mole e que um trabalho definitivo requer um serviço mais complexo, projetado”.

Com todo respeito ao Dílson, excepcional figura humana comumente atenciosa com a imprensa, e que já está caindo os dentes de tanto dirigir o DNIT (ele é do tempo do surgimento do DNER), o solo pode ser mole, mas não temos a cabeça dura para aceitar esse tipo de discurso, repetido tantas e tantas vezes, anualmente, para justificar o injustificável.

Por que não projetaram antecipadamente esse cacete? Não houve tempo suficiente pra se cuidar dessa tal furada parte técnica? O inverno não acabou em maio? Esse faz-e-desfaz asfalto não já vem de longas e longas enxurradas amazônidas? Qual a função, afinal, de tantos engenheiros nesse departamento do Ministério dos Transportes para vir a publico, todo ano, apenas catar piolho na cabeça de trouxas? Não deveriam já ter esse tal de “trabalho definitivo” decorado na cabeça para acabar definitivamente com essa bandalheira, mais afeita a uma indústria de multiplicação de grana entre empreiteiras e outros candangos?

Fala sério!