O potencial de eficácia das máscaras de tecido por meio de comparação com as máscaras médicas aprovadas  foi alvo de estudos da Universidade Federal do Pará.

O estudo mostrou que embora o uso de máscaras de tecido possa ser uma opção para reduzir a transmissão e a contaminação da covid-19 entre a população em geral, ela não é eficaz o suficiente para uso entre os profissionais de saúde.

A pesquisa mostrou ainda que os tecidos mais adequados para a confecção de uma máscara de pano caseira, por possuírem uma eficiência de filtração superior a 80%, são o saco de aspirador, pano de prato e sarja.

A pesquisa ainda diz que não é orientado usar cachecóis ou lenços, pois apresentam alta penetração de partículas.

O estudo foi coordenado pelo professor David Normando, do Instituto de Ciências da Saúde (ICS), da Universidade Federal do Pará (UFPA), e contou com a participação de alunos, além da revisão da professora Rita Medeiros, da UFPA, e os professores Carlos Flores-Mir, do Canadá, e Nikolaos Pandis, da Grécia. O trabalho também está em revisão no International Journal of Epidemiology.

“Essa revisão sistemática mostrou, por meio de evidências entre muito baixa e moderada, que as máscaras de tecido apresentam, em geral, menor eficiência quando são comparadas com as máscaras cirúrgicas, os respiradores N95 e FFP-2.

Outra questão levantada pela pesquisa é quanto a durabilidade.

Segundo o estudo, as pessoas que usam a máscara caseira precisam ficar atentas para a limpeza e a lavagem do objeto, além de ter cuidado adequado para evitar danos progressivos ao tecido.