O ex-secretário executivo do Ministério da Integração Nacional (MIN), Mário Ramos Ribeiro, esclarece que não fez delação à Polícia Federal sobre quaisquer irregularidades no órgão. “Só delata quem comete crime, e quer perdão”, afirma.

No entanto, Mário Ribeiro confirma que acionou a Controladoria Geral da União (CGU) e a Corregedoria do próprio ministério para investigar  supostas irregularidades na Diretoria de Gestão Interna (DGI) do ministério. Fiz ofício à Secretaria de Controle Federal, solicitando a atuação dela”, ressalta o ex-secretário executivo.

Ribeiro foi nomeado por Helder Barbalho no ministério. Após a saída de Helder do órgão para concorrer ao governo do Pará pelo MDB, Mário Ribeiro permaneceu no cargo, depois da nomeação do atual ministro Antônio de Pádua também do MDB.

A assessoria de imprensa do Ministério de Integração Regional enviou nota à imprensa  afirmando que o atual ministro Antônio de Pádua, determinou a instauração de sindicância  para investigar as denúncias.

Porém, a nota do ministério confirma que os dois servidores denunciados não foram exonerados do ministério, apenas perderam o cargo de direção.

Reynaldo Abhen-Athar era diretor de Gestão Interna (DGI), e o coordenador Geraldo Oliveira.

Ambos estão sendo investigados pela suposta prática de fraudes em licitações no ministério.

Também afirma a nota, que os dois servidores afastados da diretoria, foram “ouvidos preliminarmente, ambos negam as acusações e denunciam abuso de poder por parte do secretário demissionário”.

Mário Ribeiro assegura que a investigação só foi instaurada porque ele denunciou e requereu a apuração e esclarecimentos dos fatos.

“Chamar a CGU não é abuso de poder. É um dever, uma obrigação, pois a CGU é o órgão interno do Governo Federal encarregado de realizar as investigações”, esclarece Ribeiro.

Ele reafirma que nunca foi à Polícia Federal e que se ao longo das investigações, se houver indícios de crime, a própria CGU aciona o Ministério Público Federal e a Polícia Federal.

Mas, que fez a solicitação à CGU, bem antes de qualquer ação do atual ministro Antônio Pádua. “Fui eu quem pediu ao corregedor a abertura de sindicância no Ministério da Integração Nacional”, assegura Mário Ribeiro.

O ex-secretário informa ainda, que no caso de Geraldo Oliveira, contratado para cargo de DAS-3, caberia à Secretaria Executiva nomeação e dispensa.

“Por isso, afastei o Geraldo Oliveira e pedi ao ministro Pádua o afastamento do Reynaldo Abhen-Athar, contratado como DAS-5, da alçada do ministro”, contou.