A citação de nomes de políticos na “Operação Lava-Jato” inspirou a criação de uma mobilização comunitária chamada “Movimento Cidadania”.

Os idealizadores planejam ações de divulgação dos nomes de políticos paraenses denunciados na operação, “objetivando conscientizar a população para que não votem nesses caras corruptos, que só querem, mais uma vez, ludibriar a boa fé dos eleitores, prometendo mundos e fundos, sendo que eles estão envolvidos diretamente com a onda de corrupção que domina o Brasil”, explica André, um jovem de 19 anos, integrante do movimento.

Formado a partir de reuniões nas escolas e nos encontros sociais de grupos de jovens, o “Movimento Cidadania” já reúne 48 pessoas.

“Não somos apenas de Marabá. Tem amigos de Itupiranga, Parauapebas, Jacundá e Nova Ipixuna. Estamos fazendo uma ´vaquinha´para gente ir em outras cidades levar nossa ideia, mas já estamos conversando pelas redes sociais, convidando estudantes de outros municípios. Acreditamos que até o início do próximo ano, teremos mais de mil jovens do Sule Sudeste do Pará engrossando o movimento”, diz André.

Sem recursos para mobilização, os idealizadores do “Movimento Cidadania” querem, inicialmente, expandir suas ideias através de grupos no WhatsApp. Lá na frente, quando o movimento contar com mais de cem pessoas, pretendem realizar grandes encontros em suas cidades, para divulgar a ideia.

“Uma coisa é certa: na eleição do ano que vem, os políticos corruptos que tiveram seus nomes divulgados na Lava-Jato não terão descanso. Faremos tudo para que eles recebam o mínimo de votos possível. Só assim para a gente conseguir tirar esses bandidos da política”, explica  Maria das Dores, garotas de 16 anos, também alojada no movimento.

No sábado passado, cerca de 20 jovens fizeram a primeira reunião em Marabá, para debater a criação do Movimento Cidadania – conforme mostra a foto.

“A reunião foi proveitosa porque conseguimos definir algumas ações que iremos fazer, como, por exemplo, idealizar a arte do Movimento Cidadania, para divulgação e o cartaz com fotos de políticos do Pará citados na Lava-Jato”, explica Indiara Lemos, 17 anos.