Quando o assunto é violência, os principais jornais do Pará,  e até mesmo os noticiosos digitais, passam dias repercutindo sangue e a selvageria escolhidos da semana.

Mostram o Pará como a “Sodoma e Gomorra” dos dias atuais.

Esperei até esta quarta-feira, 7, para ver a dimensão de um fato, que ganhou a imprensa internacional, sob a ótica dos divulgadores paraoaras.

E o que eu esperava, aconteceu!

Raríssimos jornais da terra multiplicaram os resultados da política de governo colocada em prática na gestão de Simão Jatene de regularização fundiárias em terras quilombolas.

Os jornais paraenses praticamente ignoraram o feito.

Mas a imprensa europeia, não.

Pelo menos para o The Guardian, um dos mais lidos jornais do mundo, os direitos das comunidades tradicionais quando são reconhecidos oficialmente, merecem repercussão.

Na segunda-feira, 5, os moradores da comunidade Cachoeira Porteira, em Oriximiná, no oeste do Pará, receberam do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) a titulação coletiva de terra de remanescentes de quilombos.

O documento foi entregue às 145 famílias pelo governador Jatene, passando  aquela comunidade a se transformar no maior quilombo titulado do Brasil, com 225 mil hectares, ampliando a área titulada do Pará.

 

Dia seguinte à entrega dos documentos, o The Guardian estampou em manchete:

 

“Seus antepassados foram escravizados. Agora, 400 anos depois, seus filhos são donos da própria terra . Rara vitória para os pobres brasileiros: a entrega de título de terra aos quilombolas descendentes de escravos que vivem na Amazônia”.

 

Na integridade do texto, AQUI a matéria do jornal britânico.