O poster tem lido em redes sociais notas dando conta de que  o governo federal teria colocado em segundo plano a construção da Hidrelétrica de Marabá.

A barrigada partiu de uma matéria publicada pelo jornal  O Globo – sempre o Globo, disseminando notas negativas para desgastar o governo dos trabalhadores – e compartilhada. sem que ninguém tivesse a mínima preocupação em pesquisar ( o  Google está aí mesmo)  a profundidade da matéria, redigida a partir da extração de dados da EPE – Empresa de Pesquisa Energetica, que estaria recebendo pedidos de cancelamento e postergando futuros leilões das hidrelétricas planejadas.

Em nenhum parágrafo do artigo, aparece nome  da Hidrelétrica de Marabá no rol das  obras canceladas.

Pior:  de forma generalizada, matéria acusa o cancelamento de quase todas as hidrelétricas planejadas para construção na Amazônia, à exceção de uma, no Estado do Amazonas, o que não procede, dada a emergência do país em suprir suas demandas a curto prazo, antes que um apagão comprometa o processo de crescimento, já abalado.

O governo considera a Amazônia a última  fronteira a ser desbravada, com capacidade para  gerar 121.246 MW, equivalentes a 48,72% do potencial do país.

De todos os projetos em andamento para edificação de usinas hídricas na Amazônia, pelo menos seis são prioridades.

A de Marabá, seguindo a planta projetada. é considerada a terceira maior usina da lista, com operação planejada para início do ano 2020 e capacidade de 2.160 MW. Possui o maior reservatório entre as seis novas priorizadas, de 1.115 quilômetros quadrados

A barbaridade cometida pela matéria de O Globo começa a partir de sua manchete:  – “Governo desiste de usinas na Amazônia”.

Esse é o tipo de jornalismo macabro exercitado pela conservadora mídia nacional, seguindo no embalo dela incautos ativistas de redes sociais, por pura desinformação ou maldade.

Particularmente, este blog é contra a construção da Hidrelétrica de Marabá.

O entusiasmo de muitos com a construção de hidrelétricas contrasta com as preocupações ambientais deste sítio, não que sejamos contra o crescimento econômico, mas ele não precisa ser predatório.

O governo precisa olhar outras soluções.

É preciso repensar a lógica para, no futuro, não se arrepender de ter acabado com os rios da Amazônia.

A Hidrelétrica de Marabá poderá deslocar 40 mil pessoas que vivem às margens do Tocantins em nove municípios de Pará, Tocantins e Maranhão.

Na região, está a reserva indígena Mãe Maria e o Parque Estadual do Encontro das Águas, além de centenas de praias que desaparecerão à montante da obra.

Este poster estava lendo hoje um estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que prevê o alagamento quase 5 mil quilômetros quadrados de vegetação

Depois de construídas, as futuras hidrelétricas  na Amazônia vão alagar 4,89 mil quilômetros quadrados de vegetação na região, muitas delas unidades protegidas, áreas responsáveis pela preservação dos biomas.

Isso é uma perda muito grande para a humanidade.

Pior ainda, é sabermos que toda a energia a ser produzida, do ponto de vista econômico, não faz sentido.

O rio Tocantins é muito variado em termos de quantidade de água.

Não tem água suficiente durante quatro meses para tocar tantas turbinas a serem construídas,  conforme relatam especialistas críticos desses grandes projetos.

Também é bom lembrar que muitas empresas favorecidas pela geração de energia vinda de Belo Monte, Tucuruí e semelhantes,  são multinacionais, com sede em países como Japão e China.

O resto do mundo não quer mais fazer hidrelétrica.

É um impacto muito grande.

Então, melhor colocar no Brasil.

O  Brasil está perdendo benefícios e ficará com todos os impactos.