Toda a produção de quibe cru com pão árabe e bastante azeite foi consumida pelo Juvêncio, no Bar do Galego’s, na orla de Marabá. Tempos atrás, o Ademir Braz se alimentava de menos, tipo assim meio enfastiado. Uma gelada era o suficiente para agradá-lo. Na noite de segunda-feira, o descobri surpreendentemente guloso: a uma virada de copo de Bohêmia, seguia-se a colherada de quibe. Qual o quê minha surpresa ao perder a conta desse gesto.
Famintos e bem humorados (já viram como todo guloso fica terrivelmente alegre diante de farturas?), os dois aguardaram minha chegada atrasada ao local combinado.
Foi demais revê-los. Tão bom que os assuntos traçados invariavelmente nunca chegavam ao final, tal a ânsia que tínhamos de falar tudo ao mesmo e em tão pouco tempo. Ficou parecendo o clima de “Sinal Fechado”. Olá, como vai?… Eu vou indo, e você, tudo bem?.. Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranqüilo, quem sabe,,,, Me perdoe. A pressa é a alma dos nossos negócios… Ah, não tem de que, eu também só ando a cem…!
Juvêncio. Ademir e eu. De frente pro rio.
Ainda haverá o dia de conspirarmos. Segunda-feira serviu tão-somente para tatearmos nossa pele.