Não tinha viagem do pôster a Belém que não terminasse no Bar do Ranulfo, anexo à sede da Escola de Samba Quem São Eles.

Bastava um telefonema pro Juvêncio, e lá se largava ele, de onde estivesse, no seu Jeep Cherokee inconfundível, para nos pegar na porta da Bijou – a melhor panificadora de Belém, ao lado do prédio onde moramos, na Rui Barbosa com Aristides Lobo.

Quase sempre depois das 18 horas, a gente ficava numa mesa escondidinha, amolando papo generalizado.

Ranulfo e Juvêncio se tratavam como irmãos.

Nas longas conversas, esticadas até próximo a meia-noite, e que invariavelmente acabavam no Doca Spetus, cervejando com o Orly Bezerra, dono do point , Juvêncio gostava de passar dicas da experiência que ele já acumulava na blogosfera, autor do blog de maior recall e o segundo mais acessado (o do Jeso continua registrando, disparado, o maior número de visitantes).

Num desses proveitosos encontros, e com a experiência de pelo menos dois anos à nossa frente tocando seu blog, Juvêncio sugeriu trocar o contador de acessos que utilizávamos, até então, exaltando a eficiência do Site Meter (até hoje medindo os acessos ao Quinta Emenda) como ferramenta de auditoria de audiência e a credibilidade que o serviço repassa aos blogs, também de credibilidade.

Nessa noite, Juvêncio contou do desvio de personalidade de alguns posters que, cheio de safardanas, acionam o contador de acesso no page view, em vez do IP único, com objetivos bobos de avolumar acessos que não possuem.

Para o leitor meio desconectado dessa linguagem de blogueiro, no page view, o contador registra acessos com simples toque na tecla enter. É só teclar para o contador girar números.

Na outra configuração, IP único, o visitante só é detectado pelo seu endereço da Internet (IP). Entrou, registra.

A lembrança dessa conversa com o Arruda veio a reboque da constatação, esta manhã, de que tem neguinho aí “bombando” no Page view.

Fazia tempo não dava uma geral na blogosfera paraense, já que nos limitamos a abrir, diariamente, no máximo cinco blogs para atualizar a pauta, e, ao constatar o “universo” de visitantes em determinados endereços, caraca!, o Arruda era craque mesmo na sondagem dessas bandalhas.

Pior: isso não tem nenhum significado prático.

Pura bobagem!