Sem receberem suas rescisões contratuais, ex-funcionários da rede Big Ben, recentemente fechadas em diversos estados, devem intensificar atos de protestos, visando pressionar seus antigos patrões e alertar autoridades.

Ontem, em Belém, realizou-se o primeiro ato.

Centenas de funcionários da Big Ben se concentraram em frente à sede da empresa, localizada na avenida Almirante Barroso na esquina com a travessa Humaitá, bairro de São Brás, em Belém, e, segundo denúncia, cobram a baixa nas Carteiras de Trabalho para receberem os benefícios como o Seguro-Desemprego.

Na capital, manifestantes alegam que até esta data 1.200 trabalhadores da empresa não tiveram suas verbas rescisórias quitadas.

Nem mesmo suas  Carteiras de Trabalho foram devolvidas.

Declarações de ex-funcionários indicam que, agora, o setor de recursos humanos da Big Ben propõe pagar apenas 70% das verbas rescisórias devidas.

Enquanto as verbas não eram pagas, os trabalhadores queriam a baixa na Carteira de Trabalho e a liberação do FGTS.

O assunto foi discutido durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, no último dia 09 de fevereiro, qual ficou acordado que a Big Ben liberaria o FGTS depositado, daria baixa na Carteira de Trabalho e entregaria guias do seguro desemprego para melhorar a situação dos ex-funcionários.

Já que a empresa atravessa processo de recuperação judicial, foi marcada nova audiência na Justiça do trabalho, no próximo dia 9 de março, na qual será discutido o pagamento das demais verbas devidas.

Em diversos outros municípios paraenses e de outros estados, outras manifestações de ex-funcionários deverão ocorrer por toda a semana próxima.

No Pará, trinta lojas foram fechadas e cerca de 200 farmacêuticos e 2 mil funcionários foram dispensados. (Foto  Redes Sociais)