Lúcio Flávio Pinto, na edição desta semana do Jornal Pessoal, faz novo aporte à questão da luta pelo Estado de Carajás, citando este blog.

A seguir, matéria assinada pelo consagrado  jornalista paraense:

 

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O Pará dos paraenses: como está ou redividido

 

(*)  – Lúcio Flávio Pinto 

 

 

Reproduzido por Hiroshi Bogéa, meu artigo da edição passada, sobre a relevância que o tema da redivisão do Pará deverá ter na próxima eleição, teve excelente repercussão no seu blog. Por isso decidi transcrever as manifestações dos leitores do blog, editando-as para se ajustarem à forma do impresso em papel.

As diversas opiniões mostram que a retomada da bandeira só será possível se os defensores da redivisão deixarem de encarar os moradores da capital e da sua zona de influência como inimigos. O colégio eleitoral dos que se opõem ao fracionamento territorial do Pará é tão maior que qualquer confronto levará os defensores dos novos Estados a mais uma derrota. O determinismo é aritmético e continuará a prevalecer pelos próximos anos.

Para ganhar a simpatia dos seus atuais adversários, os emancipacionistas devem convencê-los de que todos sairão ganhando com a nova configuração territorial. Para isso terão que transferir sua campanha da área que pretende se emancipar para a que se opõe a ela. Não à base do antagonismo, mas do diálogo, da conversa exaustiva até o convencimento. Se não têm argumentos suficientemente fortes para defender os defensores de Carajás e do Tapajós devem enrolar suas bandeiras.

Bandeiras, aliás, que devem tremular autonomamente, sem a preocupação de formarem uma frente única. Embora seja comum a aspiração das duas regiões sob irredentismo, cada uma tem especificidades próprias. Se as abstraem, perdem a força do convencimento. Devem fazer suas campanhas individualmente. A união só interessa na fase final, se a campanha evoluir seguramente para uma nova consulta plebiscitária, que arrancará um processo consensual e não mais conflituoso.

Para tanto, é necessário que o desfraldar da bandeira seja feito pela sociedade civil e não pelos entes institucionalizados ou pelos políticos. Mesmo as velhas lideranças, se realmente quiserem ter uma função sadia, têm que se afastar do comando. Se não se afastarem espontaneamente, terão que ser deslocadas pelo movimento vivo do povo. Se o que as partes querem é o bem do Pará, que a conversa seja franca e aberta, sem partir da premissa da redivisão compulsória. Na sua atual configuração ou abrigando mais dois Estados, o Pará que se deve buscar é aquele que seja melhor para todos. Seguramente não é o Pará no qual hoje vivemos.

 

 

Júnior Carajás – Bom dia. Já está mais do que na hora que voltarmos com força total e com mais experiência. A briga vai ser boa não tenha dúvida.

Regina Célia Lacerda Soares – Devemos entender que a propriedade do CT [Correio do Tocantins] passou de Mascarenhas [Carvalho] para empresa de Jader?

Michael Souza – Particularmente não acredito que dividir o Estado vai resolver os problemas que temos aqui em Marabá quanto na capital. Acredito que o problema é administrativo. Temos que eleger um governador do sul do Pará com a intenção de trabalhar em todo Estado, não somente aqui ou na capital. Quem mora aqui em Marabá percebe que em muitas ocasiões o Estado está longe realmente (educação, saúde, etc.). O mesmo sentimento têm algumas pessoas da capital, que procuram atendimento médico em Belém e não encontram.

Acredito que temos que ter um candidato a governador apoiado por esta região e que tenha entrada no nordeste paraense e no restante do Estado.

Ronaldo – Jader Barbalho tem o dom da palavra. Ele é o cara.,Seu livro de cabeceira e “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel. Preciso dizer mais alguma coisa? Só para concluir: o Jatene foi discípulo do Jader.

João Guimarães – Bom texto do competente jornalista Lúcio Flávio Pinto. Só temos que avisar a ele que a luta pela redivisão do Estado não está fria, não. O PLIP está aí, coletando assinaturas e através de grupos em redes sociais juntos já somam mais de 50.000 componentes. Essa campanha virtual já foi muito significativa na eleição de João Salame na prefeitura de Marabá. E, Regina Célia Lacerda Soares, só você que não sabia que o CT foi adquirido pelo grupo do senador Jader Barbalho. Que tem o mérito de acreditar em Marabá e na nossa região, pelo menos isso. Ao contrário do tal de “Jateve”, que nunca morreu de amores por nós e nunca fez questão nenhuma de esconder isso.

Jonatas – Não só devemos entender sra. Regina Célia, como temos a obrigação de nos precavermos destes oportunistas. Então veja: um dos membros da família Barbalho passou oito anos como prefeito de um município do Pará, no qual praticamente não fez absolutamente nada, a não ser usar o dinheiro do povo para bancar suas viagens para percorrer os interiores, tentando com isso consolidar-se como uma forte liderança política (não elegeu seu sucessor). Esquece o rapaz (ou pensa que somos idiotas), que este é o nosso momento de firmarmos uma posição e lançarmos uma candidatura com identidade própria aqui da região para disputar governo do Estado e a vaga de senador. Quem se misturar com essa gente irá junto para a vala comum! Nós, hoje temos fortes, lideranças daqui (ficha limpa), que devem colocar seus nomes ao referendo da nossa população. Vamos esperar, para conferir! Carajás SIM!

 

Carlos Eduardo – Quero lembrar os caros amigos e amigas que na última tentativa, os “dois Estados” juntos tomaram uma senhora surra do parazinho. Então, menos, por favor, menos. Governo federal não vai bancar uma brincadeira dessa de novo!

Jorge Antony F. Siqueira – Ô Michael Sousa, embora bem intencionada, a tua proposta se inviabiliza diante de uma simples constatação: o nosso colégio eleitoral (Sul-Sudeste do Estado), numericamente (quantidade de votos) é bem menor que o da capital e os outros municípios que foram contrários ao Carajás, Entendeu?

Papa Francisco – “O prefeito de Marabá não tem alternativa senão procurar um aliado forte.Esse aliado parece ser Jader Barbalho, que está concentrando sua atuação na região de Carajás”.

Meus filhos, essa aliança representa um grande retrocesso a Marabá e região. Quando eu era Arcebispo de Buenos Aires, eu já ouvia falar das falcatruas desse Jader Barbalho ai no Pará.

Que Deus tenha misericórdia de vocês!.

Anônimo – Esse Carlos Eduardo deve ser de Belém.

Belo – Caros colegas comentaristas, Vendo toda essa briga e toda essa luta pela criação do nosso tão esperado Estado de Carajás, li algo que me deixou profundamente preocupado na matéria acima. Li que a única saída para Salame seguir em frente com esse projeto de criação seria se aliar a uma grande potência política do nosso Estado. Ai que mora o perigo… Essa aliança seria com Jader Barbalho… Colegas, do que valeria nossa luta para termos nosso querido Estado, que, caso venhamos a conseguir, sabemos que será com muita luta e muito sofrimento… do que valeria a pena conseguirmos e entregarmos nas mãos de Jader Barbalho e sua corja da capital paraense?  Não valeria de nada. Conseguiríamos por orgulho ganhar essa luta, mas na verdade não estaria em nossa mão de fato e de verdade.Vamos pensar nisso, vamos dizer não para essa turma suja e imunda que sujar nosso projeto. Por favor, Salame, entregar nosso Estado nas mãos desses ai…. Fala sério. Esse povo não dá murro em ponta de faca, e o senhor não é boba para não saber disso.

Hiroshi Bogéa – “Belo”, lê o artigo do Lúcio corretamente. Não é assim que ele analisa. Presta atenção para não fazer juízo de valor errado de pessoas e do processo. Te liga, parceiro!

Anônimo – Estes grupos políticos que estão se formando, não têm candidatos capazes de governar o Pará ao todo..A prova é que eles aí.. Já passaram no governo, só desgovernando. O Pará um Estado rico,que não pode continuar sendo humilhado por falta de governantes. Quando tiver Carajás eu votarei chapa completa. Nesta eleição, agora em 2014, não votarei para governador. Independente de partido ou nome.

Hiroshi Bogéa – Anônimo: exatamente por você fazer insinuações, sem ter algo concreto, tanto que usas o termo “dizem”, não posso postar teu comentário. Não vou ficar com o ônus de provar que alguém é dono ou não desse negócio citado por você.

Jorge Antony F. Siqueira – Em parte concordo com o Jonatas. Há muito estamos a ver essa campanha de interiorização dos Barbalho. Jader, que sempre viveu da política, detém um império de comunicação sem explicação plausível. Agora, demonstra, ao comprar o CT, sua verdadeira intenção. Caso aceitemos essa “suja” liderança à frente do Projeto Estado de Carajás, estaremos, literalmente, correndo para o “abraço do urso”. Os nossos políticos têm que atentar para essa situação. Jader aquí já esteve para “costurar” as alianças que culminaram com a eleição de João Salame. Seria extremamente temerária a realização de Carajás tendo à frente os Barbalho.

Em tempo: Também não esqueçamos o caso do Sr. Ítalo (PMDB). Que serviu de marionete para Jader antes do pleito eleitoral. Usou-o (Ítalo) como candidato do PMDB a prefeito, a seu bel prazer, e depois simplesmente descartou-o. Jader quer fundar um “novo feudo” aquí em nossa região..

Adir Castro – Jonatas, assim você está jogando, antecipadamente, nessa vala comum a todos que são parceiros e aliados políticos, nesse momento, aqui em nossa região. E olha que o fã clube dele não é pequeno não.

Jonatas – Adir Castro, não tive a intenção de generalizar, foi um pouco a força da expressão. Nesta vala comum não irão pessoas como você, em que pese sua paixão pelo maior larapio do Brasil, segundo a justiça brasileira. Porém, respeito a sua admiração externada aqui, para com esta corja de bandidos. Fique, portanto, com os seus Barbalhices.

Anônimo – Eu não voto nos candidatos a governador que venham de Belém. Até ontem todos eles depois de eleitos esqueciam a nossa região, e quando fazem alguma obra é com dinheiro federal. Eu sei que meu voto branco ou nulo vai beneficiar alguém, mas no fim da história o candidato é o mesmo que irá governar sem nos respeitar, entregando o que é nosso. Eu, votando assim como já votei na eleição passada, eles saberão que aqui é CARAJÁS. Infelizmente não temos partido para lançarmos candidatos, a governo, que daria no mesmo, como eles dizem, seria outra taca. . Mas o mundo saberia que aqui o povo, pensa CARAJÁS.

Raimundo Santos – Meu amigo Bogea, você já viu boi voar? A Alpa [projeto siderúrgico da Vale] sair? E os garimpeiros de Serra Pelada ganharem alguma coisa? Espere as próximas eleições. ESTADO DE CARAJÁS: a piada do século! E cabide de votos, Está na hora dessa gente acordar e deixar de ser massa de manobra. Tô fora !