Na final da tarde de sábado ensolarada, às proximidades da sombra noturna aproximando-se, o canto da cigarra soa como a querer quebrar pedras.
Numa árvore com suas folhas a cobrir canoas velhas e esquecidas, o pássaro ajeita-se ao ninho.
De longe, a árvore cabe na palma da minha mão, o vento encrespa a água onde o martim-pescador se exibe feito bailarino.
O rio em cheia, não há mais caminhos de areia molhada, só meus olhos revoluteando diante do reflexo que se mistura às marolas de água.
A árvore eleva a copa ao céu, enquanto folhas brilham à luz do sol escorrendo pelo tronco,
Quem vivencia o sol se escondendo por trás do Tocantins, conhece a magia de sua roda d´água.
Vida que gira em brilho constante.