A Prefeitura de Marabá acaba de publicar nota comunicando que a empreiteira responsável pelas obras de saneamento em Marabá, contratada pela Cosanpa, terá que se regularizar junto ao Município, e assumir compromisso de seguir um cronograma de extensão da rede de água e esgoto em comum acordo com a Secretaria de Obras.

Até lá, as obras estão suspensas.

A decisão é consequência de uma reunião de moradores da cidade com o prefeito João Salame, no início da semana, na qual a comunidade fez duras críticas a empreiteira e a   companhia de economia mista, exigindo do Executivo que determinasse a paralisação das obras enquanto a  Cosanpa não refizesse seu cronograma de ação.

As críticas são voltadas  à buraqueira que a empreiteira realiza nas vias que estão sendo asfaltadas (e não são poucas!), e à demora para a recuperação das mesmas.

Sobrou até para o governador.

Moradores e presidentes de associações de bairros tentaram culpar Simão Jatene, pelos incômodos causados.

Nesse momento, o prefeito de Marabá ponderou que não achava justo o governador ser penalizado, considerando a necessidade da rede de água e esgoto ser estendida na cidade, visando a melhoria da qualidade de vida da população.

“O grande problema é que está faltando gestão da empreiteira, que não se dispõe a sentar-se com a prefeitura e seguir um cronograma adequado, em comum acordo”, disse Salame, colocando panos quentes na questão, e comprometendo-se a falar com o presidente da Cosanpa.

Depois de muita conversa, que durou mais de duas horas, o prefeito de Marabá pediu tempo aos moradores, prometendo agilizar gestões para encontrar uma solução.

Levou a mão ao telefone e  acionou o presidente da Cosanpa, Luciano Lopes Dias.

Narrou a ele os incômodos causados pela empreiteira, pedindo sua pronta intervenção, “a fim de evitar mais desgastes aos governos estadual e municipal”.

Salame comunicou a Luciano que iria determinar a notificação da empreiteira, enquanto a presidência da companhia de saneamento também se prontificou em assumir posição.

A publicação dessa nota abaixo, pela Prefeitura, é consequência da conversa narrada pelo poster.

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O secretário de Obras de Marabá, Antônio de Pádua Andrade, e o superintendente de Desenvolvimento Urbano, Gilson Dias Cardoso, se reuniram esta semana com a direção da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), para novamente discutir um assunto que vem causando prejuízos à população e aos cofres municipais: o fato de a empreiteira da companhia de águas quebrar ruas recentemente asfaltadas, para implantar rede de água e esgoto, e não tapar os buracos ou fazê-lo com pavimento inferior ao que se encontrava antes.

Durante a reunião ficou constatado que a empreiteira da Cosanpa está trabalhando irregularmente em Marabá, já que nem Alvará de Funcionamento a empresa possui.

Ficou então acertado com a direção da Cosanpa que a empreiteira só poderá retomar suas atividades em Marabá quando se regularizar e recolher os valores das taxas que a falta de documentação gerou.

Também ficou acordado que, ao retomar as atividades, a empresa terá de consertar de maneira correta todas as falhas que deixou em vias pavimentadas e depois destruídas.

Outro ponto que ficou certo entre a Prefeitura de Marabá e a Cosanpa é que, de agora em diante, todas as vezes que tiver de realizar um trabalho que implique na abertura de valas nas ruas, a empresa comunique local e data com bastante antecedência à Secretaria de Obras de Marabá. (Ascom)