A construção de parte da estrutura da ponte Rio Moju, no complexo da Alça Viária, já está na fase de concretagem do bloco que servirá de base para os pilares que vão suportar o piso da ponte por onde vão passar os veículos.

Esta é a segunda etapa da obra, que já passou pela cravação e concretagem das estacas. Priorizando a agilidade, as estacas e os blocos são construídos em módulos.

A construção do mastro na parte central do bloco de fundação – que terá 85,1 metros – é feita enquanto as estacas e partes periféricas do bloco são construídas simultaneamente em outro local.

A terceira etapa será a montagem do tabuleiro, a pista por onde vão passar os veículos. O material está sendo pré-fabricado em Fortaleza (CE) e começou a chegar ao Moju.

A reconstrução da área central da ponte está sendo feita com dois vãos de navegação ampliados. Cada um terá 134 metros divididos pelo mastro – ambos suportados por cabos-estais com 12 metros de distância um do outro. Esse sistema estrutural deve garantir a qualidade da navegação na região, com o mínimo de impacto de embarcações.

Dentro do cronograma previamente estipulado, a entrega está programada para cinco meses após o início dos trabalhos de construção da ponte, que ocorreu em 20 de junho.

O titular da Secretaria de Transportes (Setran), Pádua Andrade, afirma que a obra está em ritmo acelerado e mobiliza mais de 400 operários de forma direta e outros 400 de maneira indireta em três turnos.

“A obra envolve 28 categorias profissionais entre eles engenheiros, mecânicos, eletricistas, marítimos, pedreiros e metalúrgicos. São profissionais paraenses e de mais dois estados onde partes da ponte estão se construídos para serem montados, sendo o tabuleiro e os estais em Fortaleza e São Paulo, respectivamente”, detalhou.

Parte da ponte ganhará o formato estaiado e o projeto é de responsabilidade do engenheiro Pedro Almeida, paraense, que hoje é professor da Universidade de São Paulo (USP). Engenheiros civis, navais, se segurança do trabalho, mecânico e até engenheiro de minas atuam na equipe de campo.

“É um trabalho em ritmo de dedicação total, 24 horas por dia. Não há  folga em feriados ou finais de semana, tudo para vencer o desafio de entregar a ponte até novembro deste ano. Cada etapa concluída é muito festejada”, diz Marcos Frensel, engenheiro residente da obra.

As defensas (dolfins) de proteção dos pilares centrais do novo mastro da ponte e dos apoios laterais do vão de navegação e os cabos-estais, estão sendo fabricados em São Paulo e devem chegar ao Pará ainda este mês.

A reconstrução da ponte, que caiu no fundo do rio em abril passado, após o choque de uma embarcação, custou cerca de R$ 180 milhões, sendo R$ 104 milhões para a ponte, recursos oriundos das empresas responsáveis pela embarcação que provocou o desabamento.