Defensores da desmilitarização do setor, cientistas argumentam que o modelo misto dos Estados Unidos é um bom exemplo a ser seguido. Lá, a NASA é responsável pela pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e de programas de exploração espacial. Criada em 1958, a agência norte-americana foi responsável pelo envio do homem à lua.
No próximo 4 de outubro, o mundo celebra o aniversário de 50 anos da missão Sputnik, operação soviética que levou à órbita o primeiro satélite artificial. Para astrônomos, no entanto, o Brasil não tem muito o que comemorar.
Ao longo dos últimos anos, a Aeronáutica e a Agência Espacial Brasileira fizeram três tentativas de enviar ao espaço um veículo lançador de satélites, todas frustradas.
Mais simples que um VLS, o foguete VSB-30, cujo lançamento busca superar o trauma da explosão de 2003, possui apenas dois estágios (motores de propulsão) e não é capaz de entrar em órbita.
Pior: as missões espaciais da AEB não são transparentes. Fechadas a sete copas, a gestão comandada pela aeronáutica é revertida de total obscurantismo porque o país não sabe exatamente os gastos processadas, o destino de fábulas de dinheiro e como é feita a prestação de contas. Caixa preta a necessitar urgentemente de arrombamento.