A ocupação de ontem foi pacífica, com uma simpática sinalização de que os manifestantes só querem mesmo ser atendidos em suas humildes reivindicações.
Quem conhece a cultura do povo ribeirinho entende perfeitamente o quanto lhe tira o prazer de viver a possibilidade do mesmo passar a morar em terras sem ‘cheiro de água’. A Eletronorte tenta matar duas vezes os moradores do “Poeirão” – bairrro da Matinha: de banzo e de fome.
A ridícula proposta indenizatória de R$ 8 mil por família é uma dessas ações revoltantes de governo a indignar corações. Inda mais se pegarmos a própria Eletronorte como exemplo vivo de órgão irrigador de polpudas verbas para a classe política formar seu caixa 2. A soma de uma justa indenização às trezentas famílias do corredor das eclusas representa, certamente, ficha de moeda dada numa esquina ao primeiro cego passante.