A informação é do jornalista Lúcio Flávio Pinto, em texto enviado para publicação neste blog:

 

“Fonte da Norte Energia, detentora da concessão da hidrelétrica de Belo Monte, informou que já foram investidos cerca de 6 bilhões de reais nas obras da usina e que esse recurso “é todo proveniente dos dez sócios que formam a Norte Energia”. A informação colide com a divulgação feita pelo BNDES, de já haver liberado R$ 2,9 bilhões para a hidrelétrica.

O porta-voz disse ainda que o consórcio construtor, responsável pelas obras, não realiza qualquer tipo de negociação com a concessionária para a alteração dos orçamentos definidos. As obras, segundo a informação negada pelo porta-voz, teriam sido afetadas pelos prejuízos causados pelos manifestantes.

Apesar de ter sofrido duas paralisações desde que as obras começaram, o cronograma de implantação da hidrelétrica de Belo Monte não foi afetado. A última interrupção forçada, seguida de depredações nos canteiros de obras, no mês passado, foi a mais grave,

Cinco dos participantes das manifestações de protesto continuam presos na delegacia de polícia de Altamira. Outras 15 pessoas foram identificadas pela Polícia e deverão ser também indiciadas. Elas ainda estão foragidas.

O assessor da Norte Energia disse que o incidente não interferiu na negociação mantida pela empresa com a representação sindical dos trabalhadores, que foram retomadas logo depois.

No dia 28, o Consórcio Construtor Belo Monte emitiu uma nota para anunciar ter fechado acordo coletivo de trabalho com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará. A decisão foi aprovado em assembleias gerais, “em votação, pela maioria dos trabalhadores”, disse a nota, destacando a referência à votação. As assembleias foram realizadas simultaneamente nos três canteiros de obras de Belo Monte: sítios Belo Monte, Pimental e canais e diques.

“A aprovação das propostas encaminhadas pelo CCBM revela que a transparência, a seriedade e a civilidade no processo de negociação representam o melhor caminho para que se chegue a um bom termo e que, principalmente, os trabalhadores venham a ter as suas justas reivindicações atendidas”, proclamou a nota.

Agora é acompanhar os trabalhos para verificar se o prognóstico será cumprido.” (Lúcio Flávio Pinto)