A partir da descoberta de cavidades naturais subterrâneas na Serra das Andorinhas em 1987, por técnicos e voluntários da Fundação Casa da Cultura de Marabá, surgiu a idéia de criação de um grupo de espeleologia em Marabá.

Em 1989, no intuito de estudar, documentar, divulgar e preservar as cavernas, cachoeiras e estruturas ruiniformes, foi criado oficialmente o GEM. Desde sua formação, o grupo esteve ligado à Casa da Cultura de Marabá, que abriga o grupo no setor de geologia, os quais desenvolviam atividades em conjunto.

Em 2004 a FCCM iniciou convênio com a Cia Vale do Rio Doce, com o objetivo de identificar o potencial espeleológico nas áreas de atuação da empresa no sudeste paraense. Em 2006, face ao aumento das atividades, foi criado o Núcleo de Espeleologia de Marabá – NEM, acrescentando as atividades espeleológicas e a sistematização dos dados levantdos no decorrer dos 17 anos de pesquisa.

Atualmente a FCCM/NEM e GEM são destaque no cenário nacional pela descoberta e documentação de mais de 2.300 cavernas no Estado do Pará, Tocantins e Maranhão, juntos realizam um dos melhores cursos de introdução à espeleologia com carga horária de 200 horas, visando capacitar e formar novos espeleólogos. São desenvolvidos projetos, convênios e contratos de estudos espeleológicos para órgãos governamentais e empresas privadas em áreas de parque, reservas, áreas de mineração, e barragens, os quais são necessários para compor o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) ou Plano de Manejo.

O  Núcleo de Espeleologia de Marabá já desenvolveu estudos espeleológicos em várias áreas, entre elas: Carajás/PA; Serra Pelada/PA; UHE Santa Isabel/PA; Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas/PA; UHE Estreito – MA/TO e Projeto Aços Laminados do Pará – ALPA na área da Usina Siderúrgica e Terminal Fluvial no Rio Tocantins, Marabá/PA e UHE Marabá.

O principal o objetivo do GEM é descobrir, explorar, documentar e preservar as cavidades geológicas naturais, como cachoeiras e estruturas ruiniformes. O GEM há oito anos é membro da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) com 40 membros ativos, tem larga experiência em prospecção, documentação e topografia de cavidades naturais na região. Hoje o grupo conta com integrantes atuantes, que se reúnem na ultima 5ª feira de cada mês, com o objetivo de discutir e trocar experiências sobre espeleologia.

Participa ainda do Conselho Consultivo da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri e do Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM. Já participou de vários Congressos Brasileiro de Espeleologia apresentando artigos técnicos de trabalhos realizados na região.
Em 2009 foi reconhecido nacionalmente pelo Drº Augusto Auler gerente da empresa Carste pela descoberta, mapeamento e estudo de mais de duas mil cavidades em toda a Amazônia, bem como pelo curso de espeleologia por melhor capacitar os participantes a trabalhar nas condições peculiares da Amazônia, em cavernas de minério de ferro.

 

Texto: Noé von Atzingen, Presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá

 

Espeleólogos em campo