Coluna do poster publicada na edição de sábado do Diário do Pará:

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Panela de pressão
Desde os primeiros meses do mandato de Maurino Magalhães alguns membros do Ministério Público Federal, Estadual e Justiça Federal vem colocando o prefeito na parede, literalmente, exigindo do alcaide infalível zelo pelo cumprimento de atitudes até então afastado de preocupações urgentes daquelas autoridades. Somente para citar duas pendências, as questões do aterro sanitário e demissão dos temporários, que chegam a mais de dois mil servidores, estão transformando a cidade num pandemônio.
Lixo na cabeça
Num prazo de um ano, a prefeitura apresentou à Justiça Federal quatorze áreas como sugestão para transformá-la em aterro sanitário, sem que nenhum dos pontos fosse aprovado. Proibida de vez, agora, pela JF, de usar o atual lixão, o poder público não teve outra saída senão suspender a coleta de lixo, deixando monturos de sujeira por diversos bairros. A última área apresentada semana passada, a 17 km da cidade, também foi desconsiderada pelo juiz federal por se encontrar num assentamento rural. Já há gente em Marabá sugerindo ao prefeito recolher o lixo e depositá-lo em frente aos prédios da Justiça Federal e Ministérios Públicos.
Dois pesos, uma medida
Em verdade, o problema da destinação do lixo recolhido no setor urbano de Marabá é bem mais grave do que pensam promotores e juízes, e não pode ser resolvido de uma canetada apenas. Por toda a gestão de Sebastião Miranda o mesmo lixão hoje utilizado pela administração, apontado como ameaça aos aviões que usam o aeroporto local, foi tratado com certa benevolência, sem que juiz ou promotor colocasse a faca no pescoço do então prefeito.
Bom senso
A prefeitura encontra dificuldades, agora, não apenas para encontrar um local aceito pelas autoridades, mas há resistências também dos órgãos ambientais, que cravam restrições não menos radicais. Do jeito que a questão está sendo tratada, imperando o autoritarismo de juízes e promotores, quem será atingida ao meio é a saúde pública. Só há uma saída menos traumática: todos se juntarem para ajudar a prefeitura a resolver o impasse, ou ninguém chegará a lugar nenhum.
Raia-Miúda
Gerência de Marabá do CredPará liberou números do movimento de 2009 do programa de governo. No município, mais de R$ 2 milhões de reais foram liberados até dezembro passado, beneficiando 1.290 famílias. Este ano, a primeira remessa de liberação do CredPará deverá atender cerca de 160 pessoas com volume de investimento em torno de R$ 320 mil reais, com juros variando entre 0,5% e 1% . Programa se destina a gerar emprego e renda entre os pequenos empreendedores do Estado.
Sai pra lá
Darci Lermen não cede às pressões do PT para fazer alterações na secretaria de Obras, onde colocou um representante do PMDB, João Fontana, para espraiar sua estrutura de apoio político em Parauapebas. Totalmente alheio às pancadas que recebe de todos os lados, o prefeito disse à coluna que governa para todo o município, “e não para um grupo de militantes”.
Cabeça fria
Mais: Darci Lermen ampliará, além das expectativas criadas, mudanças em seu governo. No frigir dos ovos, restarão uns poucos secretários atuais, na reforma desenhada para governar até o final da atual gestão. Otimista, o prefeito aguarda o final do período chuvoso para espalhar obras pelo município, associando gestão pública e movimentos políticos de olho na eleição para deputado estadual de Milton Zimmer (PT)

Umas & Outras

Darci Lermen garante que fecha os dois anos e meio que faltam para concluir o segundo mandato, entregando à população sistema de água funcionando, o moderno hosptal municipal, Internet banda larga em toda a cidade e pelo menos parte da orla concluída.

Nos próximos dias, prefeitos dos municípios mineradores do Pará terão importante reunião na sede da AMAT para discutir uma série de ações a serem desenvolvidas no Estado.

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