Agosto de 2006. N a cabeceira de uma mesa, encontra-se Almir Gabriel, recém confirmado em convenção candidato a governador do Pará com a fácil missão de vencer em primeiro turno. Completando a rodada, cinco empresários do Sul do Pará. O assunto gira em torno da importância da candidatura do tucano para o desenvolvimento do Estado e contribuição para a campanha de cada um dos convidados.
Arrogante e dono da situação, Gabriel deixa claro que não quer doação através de Caixa Dois. “Quem quiser contribuir que o faça legalmente, mas mesmo assim não quero nada para a minha campanha e sim ajuda aos nossos candidatos proporcionais”.
Os convidados quase nada falam, apenas ouvem. E saem do encontro até certo ponto tranqüilos por não terem sido pressionados a ralar o bucho buscando dinheiro para o poderoso Almir. Mais: saem também impressionadas com a segurança do candidato quanto a vitória tranqüila que lhe aguarda dentro de 60 dias.