A rodovia Transamazônica, entre Marabá e o rio Araguaia, está parecendo tábua de pirulito.

O surgimento de buracos sobre buracos  “corrigidos” pela empresa CCM, contratada pelo Dnit, é a mostra cabal de como as empreiteiras, sob anuência dos órgãos governamentais, tratam o dinheiro público.

Especificamente entre Marabá e o trevo que dá acesso a sede de São Domingos do Araguaia, numa extensão de 50 km, a CCM embroma a cada três meses, recuperando asfalto que já havia restaurado no período.

A chamada “operação tapa-buracos” é uma renovação de serviços mal executados, reforçando a tese antiga da existência de uma espécie de “indústria” de multiplicação de ganhos nas rodovia brasileiras.

E não venham justificar a molecagem usando o período invernoso como responsável pela destruição de serviços.

Muito antes da chegada do inverno, em novembro de 2014, o problema já vinha sendo identificado.

Se o leitor pesquisar no blog, encontrará posts noticiando os serviços de tapa-buracos executados pela CCM, pelo menos quatro vezes, no período de um ano, no trecho citado.

É uma verdadeira patifaria.

Asfalto de péssima qualidade, serviços executados sem a presença de pessoas qualificadas – tudo entregue ao sopro da improvisação.

E, pior:  buracos se multiplicando sobre os mesmos buracos recém tapados, simultaneamente a novas crateras.

Essa mesma CCM que hoje brinca de tapar-buracos na rodovia, quando iniciou seus trabalhos na jurisdição paraense, há quase dois anos, já realizou trabalhos de qualidade, merecendo, por isso, elogios deste sítio,

Só que a relação promíscua de empreiteiras com órgãos públicos, sob o beneplácito da classe política, que a tudo vê, sem tomar partido pelo interesse maior da comunidade – é a grande incentivadora desses atos de lesa-o-erário.

O que faz o  Chefe da Unidade do Dnit em Marabá para dar um basta nessa safadeza?

Nada.

Absolutamente nada.