O blogueiro já falou dela em dezenas de posts, narrando seu trabalho como agenciadora de cultura na região

Mas, apenas pra lembrar um pouquinho, leia AQUI,    AQUI      e      AQUI.

Ausente de Marabá por um bom tempo, acompanhando o marido que foi transferido no trabalho para o Estado do Ceará, a educadora Cláudia Borges e sua família retornaram  à cidade, onde ela agora encontra-se  fazendo  mestrado na Unifesspa, para continuar seu trabalho maravilhoso de disseminação  de ações culturais, seja debaixo de uma árvore, na praça, nas escolas, nas salas de leitura, ou bibliotecas.

Na volta de Cláudia, o blog tem a grata satisfação de sensibilizá-la a tê-la como colaboradora, redigindo textos lúdicos, histórias que serão contadas, os livros que serão explorados, as cantigas infantis, o transporte e a realização daquele momento lúdico.

A educadora aceitou o desafio e já começa  lembrando a importância dos contadores de histórias – verdadeiros mercadores de sonhos.

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Era uma vez… 

Contadores de histórias, mercadores de sonhos

 

Cláudia Borges (*)

Há muito tempo, na época dos avós de nossos avós…

A arte de narrar histórias é um momento de comunhão.

O contador de histórias é um ser brincante das palavras.

E assim, com entusiasmo de uma criança, esse artista se diverte com a cor, o cheiro, o sabor que estão nas entrelinhas do texto.

É contagiante a palavra proferida da boca dos contadores, que atravessam todos os tempos e nos conecta com nossos ancestrais. Somos o que somos porque temos histórias.

O ofício do contador de histórias é brincar com as palavras, apresentar o texto, contado ou recontado, que perpassa pela sua subjetividade.

É a arte do encontro com outro.

Um momento de interação, que permite a manifestação de sentimentos, pois uma história, para ser contada, precisa antes sensibilizar o contador, somente assim conseguirá envolver seu público.

O mergulho nas histórias com valores universais e simbólicos apresentam questões do ser humano entrelaçadas pela memória, a cada enredo, a cada personagem vivenciando conflitos e dramas que, por vezes, permitem a identificação com a personagem e uma maneira subjetiva de lidar com os problemas internos, e assim, expurgar sentimentos.

Essa arte milenar, agrega as pessoas que compartilham experiências de mundo, vivências e saberes.

Há um ritual, a presença física de alguém que conta e no silêncio do outro, ler expressões, gestos e apresenta sua performance.

Do outro lado, uma plateia que vivenciam sentimentos e refletem as miudezas da alma. Portanto, é um momento de doação, do estar junto, de comunhão.

O antigo é o novo no mundo contemporâneo.

Vamos nos desconectar das redes sociais e se conectar com outro por meio das histórias.

Somos todos contadores de histórias…

 

Cláudia Borges   –  Sou Professora de Literatura por desafio, contadora de história por amor, graduada em Letras pelos sonhos, pós-graduada em Língua Portuguesa por dedicação e Mestranda em Letras por curiosidade…