Independente da morte lamentável de duas vidas, o azedo também não menos grave das transações tenebrosas dos personagens mistura ficção, lavagem de fortunas e formação de quadrilha (ou o Luiz Araújo não era um preposto para a contratação de pistolagem?). E tudo isso cirulando sorridentemente nas entranhas do poder do Estado do Pará.
Seria ingenuidade demais acreditar que toda essa bandalheira de corrupção, agiotagem e sonegação envolvia apenas os Novelino e Chico Ferreira. Está fácil demais para as autoridades puxarem o fio do novelo e descobrir a fila de gente grande – bota tamanho nisso, menino! – metida até o talo. O problema maior é saber se as ‘otóridades’ vão querer mesmo mexer no vespeiro.