Em outubro do ano passado, por intermédio da Associação dos Servidores Militares, dezenas de policiais militares formularam representações contra seus comandantes por se sentirem ameaçados de punição caso se rebelassem contra a escala de serviço definida pelo 4º BPM obrigando-os trabalhar 24 horas, com folga de apenas 24 horas -, gerando, por isso, diversos problemas à corporação, inclusive de ordem psicológica. Denunciavam ainda falta de atendimento ao plano de assistência à saúde.
No vácuo das investigações, os promotores descobriram que os policiais escalados para trabalharem nas “barreiras” montadas nas vias de acesso e saída da cidade tinham, além da função de monitorar o tráfego suspeito, a “missão” de arrecadar dinheiro de caminhoneiros para dividi-lo posteriormente com os dois comandos.
O MP denuncia ainda os dois coronéis de utilizarem policiais como “serventes” de suas residências. “A falta de profissionalismo de seus comandantes e da ganância dos que somente se utilizam da polícia como meio de poder, pois é o que vem ocorrendo no 4º BPM, já que policiais militares vem sendo utilizados como serventes na residência do comandante, para cobrir os caprichos de sua esposa”, está escrito no despacho dos promotores.