A secretaria de Segurança Pública jamais admitirá, publicamente, o que o blog apurou junto à fonte credenciada do órgão. Primeiro, porque o assunto, consentido oficialmente, poderia causar efeito psicológico de conseqüências preocupantes junto à população.

Segundo, na visão da própria fonte, como o plano foi brecado em seu nascedouro, sua divulgação, agora, poderia ser classificada de irresponsável por setores importantes do governo estadual.

O poster, no entanto, vê a questão de outro plano: o  silêncio sobre determinados assuntos – entre eles, o seqüestro -,   beneficia diretamente a bandidagem.

O que ocorreu?

Meses atrás, o setor de inteligência da SSP, cada dia mais estruturado, detectou em Marabá a movimentação de uma organização criminosa planejando dinamitar a ponte sobre o rio Itacaiúnas, como estratégia de plano de fuga, formação de tumulto e desorientação geral,  num planejado assalto a banco que não ocorreu.

Durante quinze dias, agentes de informação seguiram pistas fornecidas por um boca-mole (delator) do sistema que desaguaram no planejamento de um grande assalto, antecedido pela implosão da ponte.

Originários de outros estados, integrantes do bando descobriram que a polícia já tinha detalhes da operação e, num descuido das organizações de segurança, deixaram a cidade.

Desde essa descoberta,  o conjunto de polícias do Estado (PC, PM, PF, etc), sediados em Marabá, colocou as duas pontes sobre Itacaiunas e Tocantins entre as preocupações monitoradas com freqüência.

O blog decidiu por esta divulgação considerando-a mais correta do que o silencio.

A população não pode, jamais, ignorar questões dessa magnitude. Ela tem o direito de conhecer, para melhor se proteger, toda intenção criminosa.