Objetivando vacinar crianças de um a quatro de anos de idade, independentemente de já terem sido ou não vacinadas contra a poliomielite e o sarampo, para reduzir o risco de reintrodução das doenças no Estado, a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) antecipou  início da Campanha Nacional de Seguimento da Poliomielite e do Sarampo na região Oeste do Estado.

A campanha deveria começar oficialmente no país em 6 de agosto, mas algumas cidades vão dar início duas semanas antes, no dia 23 deste mês.

A antecipação foi solicitada pelo secretário de Estado de Saúde Pública, Vitor Mateus, e aprovada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, que acatou os argumentos epidemiológicos apresentados pela Sespa.

A finalidade também é ampliar a cobertura vacinal, cuja meta nacional é de 95% do total de vacinas.

Nos postos de saúde, estão disponíveis a vacina oral (polimielite), a triviral (sarampo, caxumba e rubéola) para crianças de 12 meses e a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) para crianças de 15 meses. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h.

Até o momento, foram notificados 18 casos suspeitos de sarampo no Estado, dos quais quatro já foram descartados com exame de sorologia, um foi confirmado no município de Terra Santa, no Baixo Amazonas, a 891 quilômetros de Belém, e 13 ainda estão sob investigação, sendo dois no município de Juruti, com sorologia positiva e amostras de sangue encaminhadas para exame de isolamento viral em laboratório.

Quanto à poliomielite, há 17 municípios do Estado em situação de alerta para a doença: Curralinho, Breves, Afuá, Santa Bárbara, Eldorado do Carajás, Pau D’Arco, Portel, Bagre, Curionópolis, Viseu, São Geraldo do Araguaia, Ananindeua, Marituba, Jacareacanga, Melgaço, Porto de Moz e Chaves.

Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas, mas eles podem ser: fadiga, febre, mal-estar, sensação de desmaio, fraqueza, perda de massa muscular, tremor, dor de cabeça e náuseas. Algumas pessoas chegam a desenvolver paralisia, o que pode ser fatal.