Sonho  dos marabaenses, finalmente, começa a ser desenhado a partir das 16 horas desta quarta-feira, 31.
A entrega  da licença prévia da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), pela governadora Ana Júlia ao presidente da Vale, Roger Agnelli, legalizando  o início das obras do empreendimento celebra a construção de uma nova história para o desenvolvimento regional.

Antes da entrega da LO, Ana visita as obras de ampliação e revitalização do Distrito Industrial de Marabá.

Desde o anúncio da LP da Alpa que a cidade de Marabá está se mobilizando para a programação oficial desta quarta-feira. O prefeito do município, Maurino Magalhães, também não esconde sua alegria num momento que ele considera muito importante para a região. O prefeito destaca as parcerias com o Governo do Estado no sentido de preparar a cidade para enfrentar os impactos sócio-econômicos da obra.

“Hoje a prefeitura é um agente ativo no processo de desenvolvimento da cidade. É importante para Marabá receber um investimento desse porte. Por isso, estamos buscando parcerias com Vale, Governo do Estado e governo federal para que a cidade ofereça a infraestrutura que o projeto necessita”, disse.

Para o prefeito Maurino Magalhães, a entrega da licença prévia também corresponde à realização de um sonho dos moradores de Marabá, que esperavam há anos pela promessa da chamada verticalização do minério de ferro. “Agora, com a entrega da Licença Prévia, estamos confirmando que a Vale está de acordo com as leis do município e do Estado. Esse novo projeto vai contribuir para geração de emprego e renda ao povo de Marabá, assim como da região sul e sudeste do Pará”, destacou.

Emprego – A siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa) deve entrar em operação num prazo estimado de três anos, mas a preparação da cidade e sobretudo da mão-de-obra já está em andamento em Marabá. Em janeiro deste ano se iniciaram os cursos de capacitação para atender o empreendimento que, no pico, deve gerar cerca de 18 mil empregos diretos e indiretos.

Os primeiros trabalhadores da Alpa deverão ser os pedreiros, carpinteiros, ferreiros – profissionais da indústria da construção civil que vão dar as primeiras formas ao empreendimento avaliado em US$ 3,7 bilhões. Os futuros operários estão fazendo curso profissionalizante no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e devem entrar no mercado de trabalho já em junho deste ano, quando começam as obras de terraplenagem do terreno da Alpa.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, Gilberto Leite, o município de Marabá viverá uma nova era. Para ele, a renda per capita da população deve ultrapassar os R$ 15 mil, considerando o saldo positivo da balança comercial do minério de ferro no mundo inteiro e a retomada do segmento em Marabá.

Pelos cálculos de Gilberto Leite, o parque industrial de Marabá deve retomar o fôlego após a crise econômica mundial, que comprometeu uma linha de produção que representava 30% do ferro-gusa no Brasil. Com a entrada da Sinobrás, Alpa e a revitalização do DI de Marabá, haverá injeção financeira com valores acima de R$ 2,5 bilhões e com oferta de milhares de empregos para os trabalhadores da região. “Portanto, queremos parabenizar a governadora pelo conjunto de ações de valores sócio-econômicos fantásticos para a nossa região”, destacou.

   Com a participação da jornalista Selma Amaral