Media realease enviado pela Assessoria de Comunicação da Vale:

A Vale recebeu, nesta quarta-feira, 31 de março, a Licença Prévia do Projeto Aços Laminados do Pará (Alpa). O documento foi entregue pela Governadora Ana Julia Carepa ao diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli, em Marabá, local onde será instalada a siderúrgica. O empreendimento faz parte da estratégia da Vale na siderurgia, de promover o desenvolvimento do setor no Brasil, agregando valor ao minério e gerando riqueza e desenvolvimento para o País. “O nosso papel é fomentar o crescimento da produção siderúrgica no Brasil e, para isso, estamos buscando as melhores tecnologias, os melhores processos”, acrescenta o diretor-presidente da Vale, Roger Agnelli.

A Aços Laminados do Pará terá investimentos de cerca de R$ 5,2 bilhões, com uma previsão de capacidade anual de produção de 2 milhões de toneladas métricas de aços semiacabados (placas) e 500 mil toneladas de aços laminados (bobinas a quente e chapas grossas). A siderúrgica da Vale trará vantagens competitivas para o Estado, uma vez que agregará valor ao minério de ferro extraído das minas de Carajás, no município de Parauapebas (PA), gerando na região cerca de 16 mil empregos durante a implantação e, na fase de operação, mais de 5.300 empregos diretos (entre próprios e terceirizados) e 16 mil indiretos.

A expectativa é de que os serviços de terraplenagem iniciem em junho de 2010 e, as demais etapas das obras, em outubro. A entrada em operação da usina (alto forno, aciaria e laminação) tem previsão para novembro de 2013. O empreendimento compreende a instalação de um sistema totalmente integrado: uma usina siderúrgica, para produzir aços laminados e placas; a construção de um acesso ferroviário, para receber o minério de ferro de Carajás; e a construção de um terminal fluvial no rio Tocantins, para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o Terminal Portuário de Vila do Conde, em Barcarena (PA). Além de atender à produção da siderúrgica, a futura hidrovia deverá servir a outras atividades socioeconômicas da região.

Foco na formação de profissionais da região
Para a capacitação de profissionais especializados para o empreendimento, a Vale e os Governos Federal, do Estado do Pará e do município de Marabá desenvolverão programas de formação, capacitação e qualificação voltados para a comunidade regional. Nesse sentindo, o primeiro passo foi dado com o lançamento do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho, em novembro do ano passado, com o objetivo de qualificar moradores residentes na área de influência do projeto para que possam concorrer aos postos de trabalho que serão gerados na região em função da implantação da nova siderúrgica e de outros empreendimentos.

Em janeiro deste ano foram iniciadas as aulas do Programa direcionado, prioritariamente, à Aços Laminados do Pará. O programa conta com parceiros, como o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (S Em janeiro deste ano foram iniciadas as aulas do Programa direcionado, prioritariamente, à Aços Laminados do Pará. O programa conta com parceiros, como o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), Sistema Nacional de Emprego (Sine), Obra Kolping do Brasil, Inove, além dos governos federal, estadual e municipal. Dezessete cursos de formação fazem parte do Programa de Preparação para o Mercado de Trabalho, que abrange, também, as áreas de ajudante de obra civil, mecânico montador, mecânico ajustador, carpinteiro, montador de andaimes, auxiliar de topografia, soldador e eletricista. Os treinamentos acontecerão ao longo de 2010 e 2011.

Além disso, com o apoio do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), do Governo do Pará, e do Programa Inove, coordenado pela Vale, a empresa continuará estimulando os fornecedores locais a buscarem alternativas competitivas para atender às futuras demandas da Vale por produtos e serviços.

Gestão socioambiental
O empreendimento utilizou a melhor tecnologia existente para o estudo de engenharia conceitual de projetos e de redução de impactos, tudo em conformidade com a legislação ambiental brasileira e demais legislações aplicáveis. O projeto prevê a destinação adequada dos resíduos oriundos de cada processo. A planta conta também com Estação de Tratamento de Efluente Industrial, reuso de água e sistema de controle de emissões.
Com relação aos aspectos sociais, a Vale já traçou um planejamento com ações a serem desenvolvidas para controle e mitigação de possíveis impactos nesta área. Foram mapeados mais de 25 programas e projetos que são parte integrante do EIA/RIMA e cujo desenvolvimento será em conjunto com comunidades, poder público, instituições e parceiros da Alpa. As iniciativas incluem ações de apoio à gestão municipal nas áreas de infraestrutura, habitação, desenvolvimento humano e econômico, apoio ao migrante, política de desmobilização de mão de obra, com definição de regras, procedimentos e orientações de conduta a serem seguidas pelas empreiteiras e subcontratadas, ações na área de educação ambiental e fomento ao desenvolvimento local.

Os projetos em desenvolvimento
Atualmente, a Vale está diretamente envolvida na viabilização de quatro grandes projetos siderúrgicos. Em 2008, a indústria siderúrgica brasileira produziu 34 milhões de toneladas de aço bruto. Os quatro projetos em desenvolvimento podem agregar 18,5 milhões de toneladas de aço à capacidade do setor, ou seja, ampliação de mais de 50% da capacidade de produção nacional atual.

A expectativa é de que cada um desses projetos siderúrgicos contribua para a criação de cerca de 10 mil a 25 mil empregos durante a construção, dependendo da fase de implementação. Na fase de operação, cada projeto pode gerar em torno de 3 mil empregos diretos e outros 15 mil indiretos. Além da Alpa, a Vale investe nos seguintes projetos siderúrgicos:

CSU (Companhia Siderúrgica Ubu) – O projeto, com capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas anuais, deverá ser instalado no Estado do Espírito Santo. A expectativa é de que a planta entre em operação em 2014.

ThyssenKrupp CSA – Em construção em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, é o maior investimento na área siderúrgica em andamento no Brasil. A nova usina terá capacidade de produção anual de 5 milhões de toneladas métricas de placas de aço. O projeto engloba ainda porto, coqueria e térmica. O início das operações da planta está previsto para o primeiro semestre de 2010.

CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém) – A usina, em parceria com a coreana Dongkuk, terá capacidade de produção anual de 3 milhões/ano na primeira fase, podendo ser expandida para 6 milhões de toneladas de placas de aço para exportação por ano em uma segunda fase. O projeto, no Estado do Ceará, deverá entrar em operação em 2013.
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atualização às 21:10
A governadora Ana Júlia Carepa entregou na tarde desta quarta-feira, 31, a licença prévia da Siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa) que será erguida no município de Marabá, região sudeste do Estado, a partir do investimento de RS$ 3, 7 bilhões de dólares. A solenidade foi comparada a um momento histórico presenciado por centenas de pessoas que chegaram ao local de caravanas. Políticos, empresários, prefeitos e lideranças comunitárias prestigiaram o evento realizado numa tenda armada no futuro pátio de minérios da siderúrgica. A governadora Ana Júlia Carepa chegou ao local acompanhada do presidente da Vale S.A. Roger Agnelli e foi bastante saudada pelo público.

A partir da licença prévia, a Vale S.A vai poder iniciar as obras de terraplanagem na futura área da Alpa daqui a dois meses. Falando sobre a importância da obra, o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, disse que o Governo do Povo está fazendo história à medida que oferece oportunidade para instalação de empreendimentos do porte da Alpa, que irá refletir em toda a economia das regiões Norte e Centro Oeste do País. Maurílio Magalhães também recordou a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, no governo do presidente Getúlio Vargas como fato primordial para a instalação da indústria no Brasil, mas com o diferencial de utilizar recursos do tesouro nacional.

No caso da Alpa, segundo o secretário, os investimentos são da área privada; o que não compromete diretamente os cofres do Governo que continuará investindo nas áreas da educação, segurança, transporte entre outros segmentos importantes para o desenvolvimento sócio-econômico do Estado. O empreendimento também terá o potencial de gerar de empregos com a transformação do minério em riquezas. O secretário disse ainda que, a obra da Alpa está associada ao término das obras das eclusas de Tucuruí que vai tornar realidade a hidrovia Araguaia-Tocantins.

“Estamos num Estado democrático que atraí o investimento e a confiança do empresariado. A instalação da Alpa é resultado de uma articulação de interesse do Governo que resultou num investimento de seis bilhões de reais. Por isso, não temos dúvida de que esta solenidade é um divisor de água na história da indústria do Pará”, disse.

A dona-de-casa Carla Andressa Silva, 34 anos, recebeu o diploma do curso de cozinha industrial e disse que já está trabalhando preparando almoços e jantares para ocasiões festivas. “Estou muito feliz. Isso é a realização de um sonho”, disse. Única mulher da turma de almoxarifado, AndisKley Gomes Santos, 31 anos, contou que o curso foi maravilhoso e que agora ela está mais preparada para enfrentar o mercado de trabalho. E quem já está trabalhando é a jovem Doracilda da Silva. Ela fez o curso de assistente administrativo e conseguiu uma vaga no Sine de Marabá. “Só tenho que agradecer a governadora por tudo que ela tem feito por nós”, disse.

Outro que saiu de casa cedo para prestigiar a governadora foi o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itupiranga Raimundo Costa Oliveira. “Fretamos dois ônibus para ver nossa governadora, pois este empreendimento vai trazer muita gente para nosso povo. Governadora, a senhora está de parabéns”, disse, completando ainda que nesta quarta-feira, o município de Itupiranga realizou a audiência pública sobre a hidrovia Araguaia-Tocantins.

Outras caravanas de políticos e empresários também estavam presentes. Os secretários de Estado André Farias, da Integração Regional, Aníbal Picanço, do Meio Ambiente e Maurílio Monteiro, do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia também fizeram parte da comitiva da governadora Ana Júlia Carepa. Os deputados Bernadete Tem Caten, Paulo Rocha, José Geraldo, Asdrúbal Bentes, Gerson Peres e Gabriel Guerreiro também prestigiaram o evento, sendo lembrados pela governadora como partes importantes no processo de desenvolvimento do Estado.

Inúmeros prefeitos da região, liderados pelo prefeito de Marabá Maurino Magalhães, acompanharam a solenidade. Para a maioria deles o momento foi de agradecimento e cumprimentos à governadora pela obra da Alpa. Em seu discurso a governadora fez um breve balanço das obras que o Governo Popular está realizando em Marabá, com destaque para a ampliação e revitalização do Distrito Industrial da cidade, no qual será erguido o novo polo metal-mecânico da região. “No Distrito Industrial nós teremos a verdadeira verticalização mineral do Estado e assim abrindo um novo ciclo da economia paraense”, disse.

A governadora também adiantou que esteve em Brasília durante o lançamento do PAC-2, onde estão previstos mais investimentos para a região de Carajás. “Nunca o Pará recebeu tanto recurso e a cidade de Marabá está incluída com mais projetos estruturais e de benefício para povo”, destacou, acrescentando ainda que, o governo está realizando obras de ampliação do sistema de abastecimento de água, duplicação da ponte sobre o rio Itacaiúnas, revitalização do bairro do Cabelo Seco, instalação de Infocentros entre outras ações que estão ajudando a melhorar o quadro sócio-econômico do município.
  Fonte: Secom