Marcado para esta quarta-feira, 29, o enterro do tabelião Alberto Santis.

À véspera de completar 90 anos,  o patriarca de uma das vértices genealógica do clã Santis,  nos deixa -, depois de escrever bela história de vida  harmoniosa,  ao lado de dona Noêmia, com quem teve uma ninhada de seis filhos bem orientados -,  e que hoje procuram escrever suas vidas espelhadas no casal.

Conversar com  seu Alberto era um exercício de bons ensinamentos.

Autodidata, ele gostava da boa prosa, preservava na memória fatos importantes da história de Marabá – além  de ser um  gozador de primeiríssima ordem. Quantas doses de deliciosas risadas  esbaldava-se, diante dele,  quem tinha o privilégio de ouvi-lo falar de causos contados com a verve do bom humor.

Honesto, corretíssimo em sua profissão,  Alberto Santis batia de frente com juízes, quando alguns deles ousavam beneficiar advogados amigos com pedidos de facilitação do trâmites de processos em seu cartório – isso num passado não muito distante.

Leal aos amigos, considerava-os como irmãos, honrando compromissos feitos ou não com eles.

Quando Marabá ainda aparentava cidade provinciana, Santis ocupou posição de destaque e de muita influência política. Apesar do poder informal que exercia  numa cidadela com pouco mais de 50 mil habitantes, ele não tinha vaidade pelo cargo de tabelião, tão respeitado e temido à época.

Na vida conjugal, Alberto e Noemia podem ser caracterizados como o verdadeiro casal  alma gêmea. Não se tem notícia de desavenças e falta de harmonia entre ambos.

A morte de seu Alberto pode estar ligada à internação hospitalar apressada de sua querida Noêmia, no último final de semana. O estado de saúde complicado da esposa deixou o velho companheiro muito abatido.

Na terça-feira, Alberto Santis sucumbiu a um ataque cardíaco.

Deixa saudosos amigos, admiradores, funcionários e seis filhos: Elvina, Silvino, Erivaldo, Eri, Donizete e Albertino.