Publicado originalmente em O Liberal:
‘A água foi coletada através de amostras de supermercados, pois nenhuma das empresas solicitadas permitiu que a água fosse retirada diretamente na fonte. O achado principal da pesquisa é que o consumidor paraense está sendo lesado, pois consome um produto que não segue o padrão’, declara o geólogo. Pelas quantidades de minerais encontradas nas águas paraenses, Matta acredita que estas deveriam ser classificadas como ‘água potável de mesa’ – água ‘normal’, proveniente de fontes naturais ou artificiais e que apresenta condições de potabilidade -, pois não diferem de qualquer outra água subterrânea comum, encontrada nos mananciais que abastecem a capital. Desta forma, a água engarrafada, com a classificação de ‘natural’, nomenclatura utilizada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), perderia significativamente o valor econômico.
O Decreto Lei de número 7.841, de 8 de agosto de 1945, conhecido como Código de Águas Minerais, define parâmetros dentro dos quais a água pode ser ou não considerada ‘mineral’. Estabelece que, mesmo se a água não atingir os padrões estabelecidos, caso seja comprovada sua ação medicamentosa – através de estatística completas, observações e documentos clínicos -, pode ser classificada como mineral.
Este decreto é seguido pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) na liberação das fontes para exploração comercial, porém, esta definição não é unânime. ‘Por ser uma lei de 1945, já está defasada em termos de denominação. Por causa disso, recebemos alguns questionamentos de geólogos em relação a esses parâmetros’, explica o chefe do Serviço de Fiscalização do DNPM no Para, Sérgio Saito. Atualmente, 18 empresas possuem licença para engarrafar e vender águas de fontes ditas minerais em todo o Pará.
Enquanto as definições não são revisadas, consumidores podem estar pagando por água mineral e consumindo o líquido ‘normal’. Na casa da recepcionista Shirley Carvalho, de 33 anos, o consumo é de um garrafão de 20 litros a cada dois dias. ‘Usamos a água mineral para tudo. Preparo de sucos, comida e, é claro, para beber. Aqui em casa não falta’, afirma. Ela acredita que esta água é a mais segura para servir aos seus dois filhos, Luna, de 4 anos, e Airton, de 13. ‘Não confio na água de torneira, pois já ouvi relatos de pessoas que tiveram problemas de saúde ao consumi-la. Como tenho filhos pequenos, prefiro não correr riscos’, declara.
Alternativa – O número de soluções disponíveis no mercado para diminuir a acidez da água cresce de forma proporcional ao aumento das pesquisas acerca do tema. Filtros ionizantes por ser encontrados com valores entre R$ 700 e R$ 3 mil. Jarras e capsulas com sistemas magnéticos prometem estabilizar a água em questão de horas, com preços menos “salgados”, entre R$ 400 e R$ 500. “Nas minhas primeiras pesquisas sobre a acidez da nossa água, vi a necessidade de adquirir um filtro que corrigisse o pH da água. É o método mais eficaz até agora”, explica Matta. Neles, a água é filtrada através de minerais, como a calcita, que alcalinizam a água, deixando seu pH entre 7 e 8,5, ideal para consumo.
Para quem não dispõe destes valores para investir, o geólogo recomenda uma solução simples: “Invista em um filtro comum e utilize a água da torneira. A Cosanpa trata e equilibra o pH da água, logo, observadas as condições de higiene, ela é mais recomendável para consumo”.
joao carlos alves de souza
29 de março de 2020 - 19:15água mineral minalba tem em seu rótulo um PH acima de 7,será que pode confiar nesse PH?
Luis Sergio Anders Cavalcante
2 de outubro de 2013 - 09:23Hiro, o preço médio em Marabá do garrafão de 20 litros é de RS 5,00 para pegar na loja ou SM, e RS 5,50 para receber em casa. Pergunta-se como argumentar com o agente vendedor(mercadinhos, SM´s etc…) já que eles revendem agua potável com preço que seria de agua mineral ? Em 02.10.13, Mba.-PA.
Antonio Carlos Pereira Santos
2 de outubro de 2013 - 09:10Pela gravidade da denuncia, espera-se que os nobres edís da CMM tomem providências. Afinal, ao que me parece, pode ser enquadrado como crime contra a economia popular, o povo sendo enganado achando que está comprando agua mineral e no entanto é agua potável e, pelo depoimento do geólogo da UFPA, existe a questão da saúde, pois o pH alto da agua fornecida pela COSANPA não se enquadra para consumo humano necessitando ser filtrada ou fervida. O próprio MP poderia entrar no circuito, afinal, todos estamos sendo enganados. Em 02.010.13, Mba.-PA.
MALA
30 de setembro de 2013 - 17:40Não há nenhuma novidade nas duas histórias, a água mineral nunca foi mineral, NUNCA, e a água da COSANPA sempre foi muito bem tratada,SEMPRE. Ocorre que até a água da COSANPA chegar na sua casa e na sua torneira, quase em 100% dos casos,perde toda sua qualidade através de contaminação que ocorre na rede de distribuição,essa muito antiga e/ou de má qualidade. Também o hábito super inteligente de desligar a rede em horário noturno,diminui a pressão dentro dela(Rede distribuidora) favorecendo a contaminação, então além de filtrar sua água(filtro de pedra é o melhor),para beber, FERVA também. E dá-lhe BRASIL !! O povo que se EXPLODA ! Ano que vem COPA do mundo…
Leonardo Soares
30 de setembro de 2013 - 09:37A começar pela suposta água mineral ” nossa água”, a mesma não atende as normas de pureza, e higiene… só bebo perrier!!! kkkkk
Luis Sergio Anders Cavalcante
30 de setembro de 2013 - 08:02Hiro, do que se desconfiava agora se tem a certeza. Vou comprar um filtro e passar a consumir a agua fornecida pela Cosanpa. Em 30.09.13, Mba.-PA.