Comentário de Anônimo ao post Bravo Glauco:

Não foi só o Glauco que foi rifado, tratado como um talento secundário. Dirigentes experientes do PT também foram solenemente ignorados pela Link. Para usar uma expressão do próprio Edson Barbosa, ele era a própria imagem do marqueteiro que brincava de ser Deus. Ninguém o convencia de nada. Para tudo ele tinha um argumento. Quando alguém dizia que a linha do programa era “desenvolvimentista”, “burocrática”, o Edinho respondia: “isso foi identificado como positivo na quali”. A Quali era tudo para ele e para a Angela, a paulistana que acha que tudo se resume a grupos de pesquisa qualitativa. Ou seja, se um tema não aparecia na “quali”, não poderia entrar no programa. O rádio foi tratado como subproduto da TV. A turma da Link desconhecia o estado do Pará e abriu mão de pessoas que estavam lá dentro e poderiam ajudar a explorar os temas importantes para cada região do estado. Para quem trabalhou na campanha e torcia pela vitória de Ana Júlia, a impressão que dava, a partir da fala do dono da Link é que todo mundo era iniciante em campanha eleitoral. Tudo o que se aprendeu antes, não valia nada. O marketing científico estava chegando agora ao Pará. E nós, profissionais da terra, teríamos que nos curvar, pois estávamos vivendo uma experiência única, da primeira campanha de marketing político científico. A ponto do Edson Barbosa dizer para a própria governadora. “Se alguém lhe apresentar pesquisa, sugerir coisas, mande o sujeito trabalhar, arranjar votos, governadora, nós sabemos o que estamos fazendo”.