Ana Júlia desembarca logo mais em Marabá, pela última vez , exercendo o cargo de governadora do Estado do Pará.

Inaugura a primeira fase de urbanização do Distrito Industrial.

Poderia ter inaugurado, também, a obra mais importante do governo dela, na cidade (somando-se a esta, a expansão da rede de água e saneamento, da Cosanpa, que foi entregue à população):  a refundação do bairro Cabelo Seco, ofertando casas populares dignas, saneamento e pavimentação aos moradores mais antigos do município.

Mas a responsável pela urbanização do Cabelo Seco não deu conta do recado. Passou fazendo nuvens e estragos.

Suely Oliveira, ex-secretária da Sedubr, gestora do empreendimento financiado pelo PAC, zanzou por quase quatro anos à frente do órgão e nada produziu, a não ser antipatia por onde passava.

Por três anos, este blog denunciou a falta de gestão da Sedurd, principalmente em obras pontuais como as que deveriam ter sido feitas no governo petista, sem sucesso.

Denunciou em março de 2009, quando percebeu, pela primeira vez, o andamento desastroso dos serviços.

Denunciou seis meses depois, a continuidade da falta de gestão da obra.

Posteriormente, o blog se deu por vencido, reconhecendo, de vez, a equivocada entrega, por parte da governadora, de secretarias tão importantes,  como Sedurb e Setran, a personalidades de perfis totalmente adversos à responsabilidade das funções.

Aqui e Aqui.

A inauguração de urbanização da primeira fase do Distrito Industrial é importante, porque revitaliza um parque produtivo que foi praticamente extinto pelo próximo governador, Simão Jatene.

Quando deixou seu primeiro governo, equivocadamente, o tucano normatizou a extinção da Companhia de Distritos Industriais, com objetivo de deixar os parques de Marabá, Santarém e Ananindeua sob responsabilidade administrativa exclusiva de empresários.

Para quem conhece os fundamentos selvagens do capitalismo, a medida de Jatene, à época, sinalizava desfecho nada proveitoso ao desenvolvimento dos parques industriais paraenses. Já se falava, à boca miúda, da formação de confrarias, entre alguns  dirigentes industriais ,para montagem de uma espécie de reserva de mercado no interior dos distritos, fulminando a democratização de espaços e abertura de oportunidades a pequenos e médios investidores.

Ou seja, os distritos industriais, seriam administrados por poucos e, pior, para pouquíssimos.

Ana Júlia, ao assumir o governo, foi alertada para a necessidade de manter a CDI sob controle estatal, imprimindo novos rumos e investimentos ao setor.

O blog lembra muito bem de discurso feito por industrial marabaense, diante de Ana Júlia, na Ficam de 2007, quando ele fazia todos raciocinar, ao fazer uma pergunta:

                      – Como verticalizar as riquezas paraenses, sem Distrito Industrial?

Ana ouviu. E procurou mudar a diretriz.

Deu no que deu.

Os DIs foram ressuscitados  e, pelo menos o de Marabá, está em sua segunda fase de ampliação, com a Alpa em fase de executação.

Dia 31 de dezembro agora, a U&M, construtora responspavel pela obra, estará entregando à Vale, a área totalmente terraplenada,  para a  mineradora dar início, a partir de abril de 2011, às obras físicas.