A sustentabilidade é a base do projeto “Pará 2030”, promovido pelo Governo do Estado, para dinamizar a economia e melhorar os indicadores socioeconômicos das regiões paraenses. As ações que serão desenvolvidas ao longo dos próximos anos foram apresentadas aos parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) pelo governador Simão Jatene, na tarde desta quarta-feira, 22  (Foto)

Jatene
Foto: Antonio Silva (AP)

O encontro ocorreu no Palácio do Governo, em Belém, e contou com a participação do chefe da Casa Civil, José Megale e secretários de Estado.

“Esse plano estratégico tem impacto em todas as regiões paraenses. Queremos desenvolver o Estado agregando valor, verticalizando a produção e tendo como base a sustentabilidade. Para isso analisamos detalhadamente cada potencialidade que foi traduzida em metas e ações que iremos desenvolver nos próximos anos, que contribuirão para a geração de emprego e renda. Um retorno mais do que justo para os paraenses”, afirmou o governador Simão Jatene.

Para alavancar a economia e o desenvolvimento social, o projeto elegeu 12 cadeias produtivas prioritárias. Os pilares levaram em consideração a vocação do Estado, com destaque para os setores como agronegócio, agricultura familiar, pesca e aquicultura, atividade florestal, biodiversidade, mineração, serviços ambientais, logística, energia, turismo e gastronomia.

“Diagnosticamos vinte e três oportunidades de valor e elegemos doze prioritárias, com foco em um crescimento da economia paraense em torno de 5.3% ao ano, para que até 2030 possamos igualar a renda per capita do Pará à da média nacional”, afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki. “Além disso, o Pará 2030 é um planejamento dinâmico e, como tal, leva em consideração as contribuições de todos nele envolvidos”, acrescentou.

Entre as ações estão o investimento em pesquisa e desenvolvimento, capacitação técnica, melhoria dos métodos de produção e atração de novos negócios. A coordenação dos estudos e discussões para implantação é da Sedeme, em parceria com a consultoria empresarial da McKinsey, especializada em projetos estratégicos.

O deputado Miro Sanova já tinha conhecimento do projeto e a apresentação para os parlamentares só veio mostrar a importância da união dos poderes em prol do crescimento do Estado. “Hoje o governador fez uma apresentação mais ampla. É muito importante pensar o Pará no presente e no futuro. O governo do Estado está de parabéns e nós da Assembleia Legislativa também estamos à disposição para fomentar essa parceria”, afirmou o parlamentar.

Os deputados também fizeram suas contribuições e sugeriram que o debate do projeto se estendesse ao parlamento. “A visão que o parlamentar tem de um segmento, de um setor, pode ajudar a complementar o projeto. E foi o que nós vimos aqui hoje. Queremos analisar e debater ele na nossa casa, para que possamos ajustar a linguagem governamental em uma linguagem que seja jurídica e compatível com que nós esperamos para o futuro”, afirmou o presidente da Alepa, Márcio Miranda.

Outra autoridade que avaliou positivamente a iniciativa foi o deputado Carlos Bordalo. “No momento em que o país está vivendo uma encruzilhada, precisamos descortinar novos rumos para a economia para a sociedade brasileira. Esse investimento numa base científica para que possamos pensar o Estado a partir de bases mais claras pro seu desenvolvimento é uma contribuição que a meu ver não é de governo é uma contribuição para o Estado”, destacou.

O representante do legislativo também elogiou o esforço do governo feito para que o Estado tenha uma base sólida abrangente e estrutural de análise dos seus desafios. “Confesso que eu fiquei bastante surpreso com essa base e esse diagnóstico apresentado. Poucas vezes vi um detalhamento de ações que nos levam a entender o esforço que foi feito para pensar para além do dia que estamos vivendo hoje”, relatou Carlos Bordalo.

“Esse projeto é um bom caminho para o debate e o que depender da bancada do PT nós estaremos abertos para contribuir e oferecer nossas sugestões. O momento do Brasil exige despojamento dos homens públicos, para que nós possamos construir consensos que sejam efetivamente de benefício para a sociedade”, acrescentou.

Ao final do encontro, os dois poderes articularam contribuições para que as ações do projeto sejam colocadas em prática, independente de governos ou atribuições partidárias, e que a população paraense seja colocada em primeiro plano. “Os governos são efêmeros e muitas das vezes os que sucedem não conseguem ou não desejam, por qualquer questão, priorizar aquilo que o antecessor trabalhou e estudou. Após ouvir a todos, o governador concluiu que o ideal é que essa proposta vire um Projeto de Lei que possa ser traduzido por uma legislação de longo tempo, onde qualquer que seja o governo ou a constituição do parlamento ele possa ser uma linha mestra orientadora para o futuro, na geração de uma política pública efetiva e consistente”, explicou o presidente da Alepa, Márcio Miranda.

Ao longo da semana o projeto “Pará 2030” deve ser apresentado a diversos segmentos da sociedade e será lançado oficialmente no dia 29, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. A partir de então, serão colocados em prática 1.400 marcos decisivos com o propósito de elevar a renda per capita (PIB) do Estado em 5.3%, a cada ano, até 2030.

Participaram do encontro o presidente da Alepa, Márcio Miranda e os deputados Antônio Tonheiro (PDT); Carlos Bordalo (PT); Haroldo Martins (DEM); Eliane Lima (PSDB); Coronel Neil Duarte (PSD); Pastor Divino (PRB); Cilene Couto (PSDB); Ana Cunha (PSDB); Júnior Ferrari (PSD); Milton Campos (PSDB); Júnior Hage (PDT); Eliel Faustino (DEM); Hilton Aguiar (Solidariedade); Raimundo Santos (PEN); Fernando Coimbra (PSL); Olival Marques (PSC); Jaques Neves (PSC); Miro Sanova (PDT); Wanderlan Quaresma (PMDB); Sidney Rosa (PSB) e Dirceu Ten Caten (PT). ( Lidiane Sousa – Agência Pará)