Altamira

 

 

 

Deu na Folha de São Paulo:

 

O gigantismo de Belo Monte estará completo apenas em 2019, mais de dez anos depois do início dos estudos ambientais, que começaram em 2007. O contrato de concessão da obra é de 2010.

Na inauguração da hidrelétrica, prevista para até o início de abril, a geração de energia será feita de um lado da usina, enquanto, do outro, as obras civis ainda estarão sendo tocadas.

Falta por volta de 10% para tudo ficar pronto.

Qualquer que seja o indicador, ele está atrelado às grandes dimensões amazônicas. O principal deles, a capacidade instalada de 11.233,1 megawatts, serve para sustentar a energia para 60 milhões de pessoas ou aproximadamente 18 milhões de residências, que estarão espalhados em 17 Estados.

A obra vai custar mais de R$ 25,8 bilhões -além dos R$ 3,7 bilhões em ações de compensação socioambiental.

São Paulo será o maior consumidor de Belo Monte. Do total gerado pelas águas do rio Xingu, 29,25% serão distribuídos para o Estado.

Desde que começou a construção, muito combatida por ONGs ambientalistas, o discurso da Norte Energia é de que ela tem feito mais do que o necessário para mitigar os impactos na região.

Só na questão indígena, e existem 30 aldeias na área afetada diretamente pelo empreendimento, foram aplicados mais de R$ 260 milhões em ações de saúde, educação, infraestrutura, mobilidade e preservação do patrimônio cultural das aldeias, segundo a empresa.

“Em termos de qualidade de vida, Altamira é outra”, diz José de Anchieta dos Santos, diretor da Norte Energia. Segundo ele, todas as obras viárias na cidade estarão prontas até o meio do ano.